quarta-feira, 30 de junho de 2010

Forbes - As 100 celebridades mais poderosas


A revista norte-americana Forbes publicou a lista das 100 celebridades mais poderosas do planeta.



Todos os anos esta publicação indica os 100 nomes de personalidades da música, do cinema, do mundo dos negócios, e claro do desporto. O único português presente é Cristiano Ronaldo na posição 48º, diante de nomes do desporto como Shaquille O'Neal, Serena e Venus Williams, Maria Sharapova e Lance Amstrong, e celebridades como Tom Cruise, George Clooney, Cameron Diaz, Leonardo DiCaprio, Meryl Streep, Gisele Bundchen, Kate Moss entre tantos outros. A lista é encabeçada pela apresentadora americana Oprah Winfrey.


José Mourinho, um pequeno comentário


Por ser meu jogador (Ronaldo), tenho o direito de fazer o que não fiz desde o início do Mundial, um único e simples comentário. Nas minhas equipas, quando ganhamos, ganhamos todos, quando perdemos, perco eu...por isso, Ronaldo pode estar tranquilo e gozar as suas férias que na próxima época não deixarei que ninguém ponha sobre ele as responsabilidades de uma equipa, disse o treinador do Real Madrid.

As diferenças começam nos pequenos detalhes. De facto, não se devem manipular sentimentos, manipular emoções. A verdade não se pode meter no bolso.

Portugal


Maria João Koehler está em terras de Espanha, neste momento, a disputar o ITF Pozoblanco, onde está a ter um comportamento excepcional. Ontem, os portugueses sofreram muito ao visionar o encontro do Mundial entre Portugal e Espanha. Mas foram respeitados por todos os espanhóis presentes e até muito elogiados. MJK teve honras de uma entrevista na rádio local e as suas palavras não podiam ser mais positivas em relação ao acontecimento. Nos jovens reside a nossa esperança. Ao longo da nossa história de mais de 867 anos, a nação mais velha da Europa, soube sempre nos momentos de crise, erguer-se de novo. Sempre, sempre, com a força da sua juventude.

No mesmo saco


Não foi possível. Não foi possível consumar a pega de caras e nem a de cernelha fomos capazes de efectuar. Pior. Fomos colhidos. Dando uma vista de olhos, bem alargada pela imprensa, rádio e TV, cheguei à seguinte conclusão. Se colocarmos um jornalista (anafado dos jantares ou tipo portátil RS ou LFL) a jogar à bola, o que acontece? Ridículo. Se colocarmos um jovem e excelente jogador de bola, a falar ou a escrever, o que acontece? A mesma coisa, ridículo. Agravada a situação, depois de terem sido colhidos na largada de touros. E tu que falas aí muito, patati, patata, fazias melhor?

Lapidar 20

É preciso saber distinguir, aquilo que os jogadores dizem e aquilo que os jogadores queriam dizer. (Fernando Guerra, A Bola na SIC)

terça-feira, 29 de junho de 2010

Poucos mas bons

Todos os anos, desde há 36 anos, reunimo-nos, os meus homens e eu para vivermos durante algumas horas e comemoramos o estarmos vivos, lembramos os presentes e os ausentes, conhecemos os filhos e os netos uns dos outros e no fim partimos um bolo comemorativo do nosso encontro. A frase deste ano foi - Se fosse fácil estávamos todos cá.
Para os que estão "chocados", para os que estão tristes, ou ainda para os iluminados que tudo sabem, mas nada sabem, meditem sobre a frase. Se não aprenderem, também não faz falta.

No fio da navalha

Uma característica actual dos novos portugueses é passar rapidamente da euforia à depressão. Portugal perdeu, que se há-de fazer? Fazer as malas e regressar a casa. Para os mais velhos como eu, que já passei praticamente por tudo, temos que esperar por uma nova oportunidade se houver tempo para isso. Já não temos nada a perder. Todos temos mais de 60 anos. Não devemos nada à vida, porque estamos velhos, nem à Pátria nem ao Estado, porque cumprimos mais que as nossas obrigações.
Os mais novos terão certamente outras oportunidades, de saber o que é ser português, de aprender portuguesismo, se quiseram, fazendo outras coisas que não seja pôr bandeiras nos automóveis ou janelas, ou andar com cachecois ao pescoço. Gostar de Portugal é muito mais do que isso. E já agora, não arranjar bodes expiatórios para os insucessos, nem culpados para os que lutaram. E quanto a essa questão de não ser totalmente português, acredito mesmo que os que invocam esses argumentos se venderão como Judas, com as primeiras moedas.

Chove no Cabo


O dia nasceu chuvoso na cidade do Cabo onde jogam Portugal e Espanha. Tal como tinha acontecido em Port Elizabeth, frente à Costa do Marfim, e na primeira visita à cidade do Cabo, frente à Coreia do Norte, a chuva volta a marcar presença. Chuva abençoada. Confiança na vitória.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

As apostas


Frequentemente acompanho os resultados dos tenistas portugueses através dos livescores das principais apostadoras, devido ao facto de em alguns torneios não haver possibilidade de seguir os jogos em directo de outra forma. E, curiosamente, existe quase sempre muita aleatoriedade nos jogos seleccionados pelas apostadoras. Coincidências, presumo. Não aposto, neste tipo de jogos por isso posso observar ao longo dos anos dezenas de jogos com resultados esquisitos e sempre com recuperações fantásticas ou inversão de resultados que me fazem desconfiar.

Há semanas fui assistir a um torneio de ténis no CETO em Oeiras, e durante uma pausa estive a observar um placard de parede que tinha vários recortes de jornais. Um dos recortes, referia-se a uma entrevista concedida ao Diário Económico de 15 de maio, secção desporto, por João Cunha e Silva. Tentei na net uma cópia da mesma e não consegui, nem ainda tenho em meu poder uma fotocópia que solicitei. Trata-se de uma entrevista excelente em que Cunha e Silva conta o seu percurso desde jovem jogador ainda juvenil até aos dias de hoje, em que é um consagrado treinador mundialmente reconhecido. Quando obtiver a citada fotocópia conto escrever um artigo sobre ela, porque são contados episódios sensacionais, autênticas histórias de vida.

Mas não posso deixar de referir duas delas que vou citar de memória correndo algum risco de não ter a precisão suficiente nos detalhes. À primeira, atribuo um valor pessoal excepcional, e trata-se de um facto muito simples, ou seja a revelação que o senhor seu pai lhe deu o subsídio de férias para ele poder ir jogar para os USA durante uma semanas. A segunda, é substancialmente diferente e adequa-se nas intenções que me levaram a escrever este post.

João Cunha e Silva estava no Top 100 e disputava um torneio em Saragoça, e nesse torneio encontrava-se o sueco Bjorn Borg, que pretendia relançar a sua carreira depois de uma interrupção. O director do torneio dirigiu-se ao João e prometendo uma quantia em dinheiro pediu-lhe para facilitar no jogo em que iria defrontar Borg. Claro, que João Cunha e Silva não aceitou e venceu o sueco que depois dessa tentativa teve uma curva totalmente descendente na sua carreira. Retomando o início deste post, queria dizer, que assim como noutras coisas da vida também acho que aquilo que parece, é.

domingo, 27 de junho de 2010

Maria Sharapova


Não tenho nada a dizer. Mas queria colocar a foto dela. Espero que ganhe à Serena Williams. Mas também acho que é quase um sonho, se isso acontecer. Mas viver sem riscos é viver sem glória.

Erros muito graves


A maior fragilidade do futebol actual prende-se com a particularidade de um erro grosseiro de um árbitro, poder alterar a verdade desportiva de um jogo e obrigar a alterações nos planos de qualquer equipa. Hoje, nos embate entre a Alemanha e Inglaterra, o árbitro uruguaio Jorge Larrionda não validou um golo inglês que entrou mais de um metro dentro da baliza do desamparado keeper alemão. E no outro encontro disputado entre a Argentina e o México, o árbitro italiano Roberto Rosetti validou o primeiro golo argentino obtido em nítida posição de fora de jogo. Se, no primeiro caso, o golo inglês daria o empate a dois e portanto a imprevisibilidade do que iria suceder, no segundo caso, um golo irregular deu a tranquilidade necessária à Argentina para pausar o seu jogo e psicologicamente reestabelecer-se de uma bola na trave ou de uma possibilidade perdida de forma clamorosa pelo avançado mexicano.

No primeiro caso, silenciosamente mudei de canal e raramente passei outra vez pelo jogo. No segundo caso fui tranquilamente jantar com a família e só voltei por volta do golo mexicano. Se pode ser verdade que eles não fazem de propósito, estes factos são impossíveis de acontecer em muitas modalidades colectivas, estamos no século XXI e um mundo imenso de soluções para evitar estas sortes do jogo. Em qualquer profissão, erros muito graves que prejudiquem terceiros são punidos com a perda do emprego. Mas, no futebol existe sempre a desculpa que errar é humano. Na verdade assim é. Mas se existirem ao alcance da nossa mão a solução para evitar erros, porque não despedimos os senhores da UEFA e da FIFA, sempre também no princípio da aleatoriedade que eles próprios invocam. Ou estão acima da lei?

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Yes, we can


Temos equipa. Jogaram com determinação, inteligência, orgulho e união. Pode vir qualquer uma. Espanha, Suiça ou Chile. Provavelmente será a Espanha. Na hora em que escrevo ainda não sabemos. Não quero realçar ninguém em particular, excepto o nosso guarda-redes Eduardo. Todos jogaram excelentemente. E vi o Brasil com todos os jogadores dentro da área na marcação de um canto. Sem medo. Quando nos entregamos ao jogo não é preciso ter medo. Quem tem medo compra um cão. Quero lá saber das teorias dos comentadores, quando se joga com garra e amor à camisola. Parabéns a todos.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Em grande estilo


É o que se pede quando se encontram as selecções Nº1 e Nº3 do ranking mundial. Na história dos confrontos, a selecção brasileira tem 12 vitórias contra 4 da selecção portuguesa. Mas na única vez que as selecções se encontraram num Mundial, a vitória foi portuguesa. Foi no Mundial de 1966 em Inglaterra, e Eusébio por duas vezes e Simões fizeram os golos de Portugal, contra um de Rildo para o Brasil. O jogo desta sexta-feira vale o primeiro lugar do Grupo G.

O magnífico perdedor


O francês Nicolas Mahut perdeu no 5º set por 70-68 em mais 11 horas de jogo perante um público subjugado ao arrojo, coragem, resistência de dois jogadores que passarão à história do ténis mundial. Nicolas Mahut fez 103 ases (contra 112 de Isner), fez 243 winners (contra 244), fez 500 pontos vitoriosos (contra 474) e na hora da derrota demonstrou uma categoria que jamais esqueceremos. Thanks John, Merci Nicolas.
É um guerreiro, tenho de partilhar este dia com ele, foi uma enorme honra. Desejo-lhe o melhor e espero voltar a encontrá-lo, mas num jogo que não vá até aos 70-68 - disse o americano John Isner, um grande jogador de ténis.

O que dizem os famosos


O twitter esteve forrado de gente famosa opinando sobre o duração do encontro de ténis mais longo da história do circuito profissional, todos incrédulos com a resistência dos jogadores. Inacreditável, escreveu Rafel Nadal, ou isto explica porque o ténis é o desporto mais difícil do mundo, opinava Andy Murray. Será que ninguém tem vontade de ir ao balneário?, ironizava Roddick, ou coitado do juiz-árbitro, comentava um dos Bryan, Mahut devia fazer propaganda de gel para cabelos, incrivel como eles ainda estão alinhados, observou a pouco espirituosa Svetlana Kuznetsova.

O jogo demorou mais que a trilogia do Senhor dos Anéis, lembrou um anónimo, o público deve estar cansado de aplaudir, escreveu alguém do ATP, mas o mítico John McEnroe que assistiu aos últimos jogos teve um grande e lúcido comentário - esta é a melhor publicidade que podemos ter para o ténis, estou convicto que este feito será falado em todos os cantos do planeta.

O jogo terá continuidade hoje, um jogo contra o infinito digo eu, mas que terá um fim. A maior parte das pessoas pensa que Isner ganhará, mas não terá condições para ganhar o encontro seguinte. Mas confio em Mahut, o qualifier imprevisível, embora parta sempre com uma desvantagem, a de ter que salvar o encontro com o seu serviço e já o fez por 59 vezes. De qualquer modo, aconteça o que acontecer, agradeço aos dois a felicidade de poder assistir a este grande espectáculo, como sempre de coração aberto, sem torcer por um ou por outro. Só o destino já sabe quem será o vencedor.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

O encontro mais longo da história do ténis


O encontro de ténis entre o francês Nicolas Mahut e o norte-americano John Isner foi suspenso pela segunda vez quando o score marcava 4/6, 6/3, 7/6(7), 6/7(3) e 59-59. Já aconteceram 10 horas de uma batalha épica (contra o anterior record de 6H33'), mais de 800 pontos disputados, tendo Isner anotado 98 ases indefensáveis e Mahut 93 (anterior recorde do croata Ivo Karlovic com 78), mais de 150 jogos e só o 5º set já leva 7H06'. Um jogo fantástico.

Cerca das 21 horas locais, estando o score em 58-59, quando servia Mahut com 0-30 contra, e depois 30-40 contra, salvou o match-point com o ás, e em seguida com outros dois ases empatou a 59, dirigiu-se o francês ao árbitro de cadeira Mohamed Lahyani e disse que já não via bola. Quero continuar mas já não vejo a bola, disse Mahut. O público começou a gritar - queremos mais, queremos mais. Isner numa curta entrevista disse - nada como isto acontecerá novamente, jamais. Todos sabem, Mahut, Isner, Mohamed e o público que assistiram a um acontecimento irrepetível. Todos vão fazer parte da história do ténis mundial.

Apenas uma nota negativa. O público, que na fase final, com os dois jogadores à beira do esgotamento, lutando com uma coragem épica, colocou-se do lado do americano de forma barulhenta, nomeadamente nos quatro match-points de que Isner dispôs. Se o facto acontecesse em Portugal até admitia. Mas em Inglaterra, pátria do fair-play foi desconcertante assistir a isso. Vi equipas a perder copiosamente e o público sempre a puxar pela sua equipa. Vi uma equipa parar de jogar por ordem do treinador para que o adversário empatasse, porque o golo conseguido tinha sido obtido de forma menos correcta. Se fossem só os jovens, até aceitava, porque são imaturos e injustos, e só os cabelos brancos trazem a harmonia e a tolerância. Mas não foram só os jovens, Isner ficou incomodado com isso e Mahut foi grande, muito grande. Mas amanhã há mais. Mais ténis. Não vi os jogos do Mundial é certo, mas assisti a um grande espectáculo. Inolvidável.

Lapidar 19

O futebol francês enfrenta um desastre, porque mancharam a imagem da França. (Roselyne Bachelot, Ministra francesa dos Desportos)

terça-feira, 22 de junho de 2010

Au revoir


Primeiro livrem-se do Domenech. Escolham um tipo decente para seleccionador. Se possível livrem-se também do Platini. Se limparem esses dois farsantes prestam um serviço ao futebol europeu. O pessoal tem memória curta e rapidamente se esquece. No futebol o que interessa são os resultados, mesmo que às vezes sejam obtidos de forma indecente.

Ser português


Ser português é muito mais que ser só europeu. É sentir os largos ventos da aventura oceânica, percorrer mundo, contactar povos, criar Nações, amar sem distinção de raças ou credos, na busca do porto sempre por achar. Portugueses sim, mas na Europa das Pátrias, Portugueses sim mas do Mundo, do mar, do Brasil, de África, da Ásia e de todos os nossos irmãos de Língua Portuguesa.

Nos últimos dias e nomeadamente ontem, ouvi clamar com intensidade a uns racistas e xenófobos, para que a selecção portuguesa só tivesse jogadores oriundos do território nacional. Porque, estivémos a ganhar 4-0 à Coreia do Norte só com alguns jogadores que eles gostam mais. Dizer que não são jogadores totalmente portugueses é inaceitável. Pois aqui vão os locais de nascimento de todos os 23 jogadores portugueses. Para conferirem.

Beto (Loures), Daniel Fernandes (Edmont, Canadá), Eduardo (Mirandela), Bruno Alves (Póvoa do Varzim), Paulo Ferreira (Cascais), Rolando (S.Vicente, Cabo Verde), Duda (Porto), Ricardo Carvalho (Amarente), Miguel (Chelas), Ricardo Costa (Porto), Fábio Coentrão (Vila do Conde), Pedro Mendes (Guimarães), Miguel Veloso (Seixo-de-Gatões), Pepe (Maceió, Brasil), Raul Meirelles (Porto), Ruben Amorim (Lisboa), Tiago (Viana do Castelo), Deco (S.Bernardo, Brasil), Cristiano Ronaldo (Funchal, Madeira), Liedson (Bahia, Brasil), Danny (Venezuela) e Hugo Almeida (Buarcos). Treinador - Carlos Queiroz (Moçambique). Todos portugueses, portanto. O resto é xenofobia, ou seja preconceitos raciais, grupais e culturais. Além de ignorância. Mais nada.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Ketchup português


Acabei de cobrar a minha aposta ganha, sete, sete magníficas profiteroles ao jantar. Soberba sobremesa. Grande jogo da selecção portuguesa. Todos estiveram magníficos. Eduardo, mão de ferro, Miguel, gato de sete vidas, Carvalho e Alves, as torres de granito, Coentrão, desculpa ter duvidado, Mendes o anjo da guarda, Tiago o estratega, Ronaldo o mágico, Meireles a coragem, Simão o professor e Almeida o exterminador e todos os outros que jogaram ou não jogaram.

É sempre assim, quando se ganha são bestiais, quando perdem são uma bestas. Mas desta vez foi brilhante. Sem palavras para definir a generosidade com que jogaram. Devia ser sempre assim. Acabei de ver na TV os beduínos no deserto de Magreb, a verem o jogo de Portugal. Dizia um deles - Ronaldo não joga, dança, e outro - mas sem os outros ele não pode jogar, - e ainda outro - Portugal é o oásis deste Mundial.

As frases do nosso contentamento


A selecção lusa terminou com quaisquer dúvidas sobre o jogo com um festival de futebol e golos. A Coreia do Norte aguentou durante algum tempo apesar do golo incial de Raul Meireles, mas foi na segunda parte que Portugal destapou a jarra das essências. (Marca)

Portugal bombardeia a Coreia do Norte (7-0). (Le Monde)

Depois de um início de Mundial duvidoso, Portugal apresentou todo o seu potencial para derrotar a Coreia, castigando-a sem piedade, para evitar sustos na última jornada. (as)

Que demonstração! Apagado no primeiro periodo, Portugal deu um show no segundo para nos oferecer uma grandiosa vitória face à Coreia do Norte (7-0). (France-Football)

Sétimo céu para Portugal. (Skysports)

Portugal anda sobre água, num festival ofensivo contra a Coreia do Norte. (L'Équipe)

Ketchup português. (Globoesporte)

domingo, 20 de junho de 2010

Mundial 2010 - 10º dia


Finalmente, os jogos de hoje trouxeram algumas coisas novas. O Paraguai, por quem tenho secretamente um fraquinho, venceu merecidamente a Eslováquia e logo com dois secos. Pratica um futebol puro, com algumas fraquezas é certo, mas que é bem jogado e muito criativo. A Itália com dificuldades frente à Nova Zelândia, rainha dos empates, mas cansada, sem soluções, não deve desta vez ter muitas hipóteses.

E depois, o último jogo da jornada, este Brasil vs Costa do Marfim, bem apimentado por um francês de nome Stephane Lannoy que deve ter acabado a sua participação neste Mundial. Bem vistas as coisas, Portugal saiu muito beneficiado deste confronto. Basta somente concretizar, amanhã, uma vitória sobre a Coreia do Norte. E depois disso, com sorte não nos calha a Espanha. Afinal isto pode estar a compor-se. Se não houver a tradicional divisa portuguesa -para quê ganhar, se posso complicar - podemos ir mais longe do que o previsto.

Jornalismo desportivo - Existe?


Navegando pela net encontrei um belo artigo escrito por Rui Melo, com o qual me identifico na totalidade pelo que transcrevo algumas passagens.

Sinceramente deixei de comprar jornais desportivos. A minha atitude não é nada comparada com os milhares de leitores de "A Bola", "Record" e "O Jogo" que lêem diariamente estas publicações. O jornalismo objectivo é um mito. Não existe. Em tempos, talvez tenha existido mas extinguiu-se. A entrada dos jornais nos grandes grupos comunicacionais assim o ditou. Estes grupos mais não são do que empresas, todas elas cotadas na bolsa, cujo objectivo no final do ano é apenas um : lucro. Tal como todas as outras empresas, estas vendem algo que muitos pensam que não devia ser vendido : vendem notícias, informação. Por melhor que um determinado jornal seja, se no fim do ano o saldo não for positivo, o jornal fecha.

Mas na minha opinião, se há imprensa que precisa e muito do dinheiro dos leitores para sobreviver, é a desportiva. Durante muito tempo acalentei o sonho de um dia vir a ser jornalista desportivo. Não foi por acaso que entrei para Comunicação Social, curso que estou quase a terminar. Durante um estágio curricular, tive o privilégio de trabalhar na extinta revista Doze, onde além de ter feito muitos amigos, aprendi imenso. Porém, foi também neste periodo que me desiludi (até hoje) com a imprensa desportiva. Quando num país tão pequeno como o nosso, a maioria da população se divide em três clubes e metade da população num só clube, é impossível ter jornalismo desportivo objectivo e mesmo isento. Porquê? Por uma razão simples. Se os adeptos se incompatibilizarem com o jornal, são leitores que se perdem. Se perdem leitores, perdem-se receitas e as empresas investem menos. Não querendo entrar por clubismos (porque os abomino), a verdade é que a grande parte do jornalismo desportivo é baseado na agenda dos três grandes, principalmente do Benfica. E não é à toa que os novos penteados do Simão, o gosto do Myke Tyson pelo Benfica (porque é columbófilo e gosta de águias) e as fotos do Miccoli com dois anos são publicados. Porquê? Porque vendem! O Sport Lisboa e Benfica é a maior instituição nacional e a mais poderosa do país. Nenhum jornal desportivo no seu perfeito juízo se atreveria a perder metade dos seus leitores, devido ao conteúdo das notícias. Um dia, um jornalista de um diário desportivo deu-me um conselho para toda a vida : "Esquece o Sporting, o FC Porto ou outro qualquer. Escreve sobre o Benfica se queres que o teu nome apareça no jornal". Esta frase nunca me saiu da cabeça.

Lapidar 18

Acaba por ser um feito histórico marcar quatro golos num Mundial. Marcar quatro golos não é para qualquer um e o senhor Eusébio não é um qualquer. (Cristiano Ronaldo)

sábado, 19 de junho de 2010

Mundial 2010 - 9º dia


A Holanda venceu com um frango monumental do guarda-redes japonês, e mesmo com jogadores como Sneijder e Kuyt não impressionou. O Gana e a Austrália empataram num jogo de grande mediocridade, difícil de conceber, num Mundial que devia ter as melhores selecções do Mundo. A Dinamarca conseguiu ganhar ao Gana, que não engana.

Depois, o seleccionador da Austrália diz - não tivémos sorte, o dos Camarões diz - foi uma grande desilusão, o do Gana lamenta as oportunidades desperdiçadas, o da Dinamarca - cometemos muitos erros elementares. Mas não seria melhor verem os videos das gravações dos jogos e calarem a boca? O que faz que os jogadores de quase todas as selecções se sintam acossados dentro da sua própria estrutura? O Record online afirma que a FIFA aponta para um valor provisório de 3,2 biliões de euros em receitas do Mundial da África da Sul. O jogo Espanha-Suiça foi seguido por 10,34 milhões de espectadores, a audiência mais alta de todo o ano. Que factos são estes que a razão desconhece?

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Fazer o meu trabalho

Foi um grande debate na televisão esta noite, na TVI24, principalmente com as intervenções de Tomás Morais e Mozer. Um dia, estava num restaurante acompanhado de amigos, entre os quais um actual vice-presidente do Benfica, e entrou o Eusébio que vinha de assistir a um jogo europeu do Benfica. Entrou e naquele seu jeito tão peculiar disse - o Mozer é o maior defesa central do mundo! Ao que eu respondi - Oh! Eusébio, o maior defesa central do mundo é o Rijkaard! Eusébio, olhou para mim e disse - tirando esse, tirando esse!
O Mozer esta noite abriu o livro, quando se comentava o caso Deco e as opções de Queiroz para o jogo com a Coreia do Norte. Mozer e Tomás Morais já viveram situações similares, enquanto jogadores e treinadores, e portanto sabem perfeitamente classificar os acontecimentos dos últimos dias, ao contrário dos jornalistas que tem opiniões na base do achar. Mozer disse mais ou menos isto - quando era jogador, se tinha um treinador bom, tudo bem. Se não tinha um treinador bom, eu tinha que fazer o meu trabalho, sabia qual era o meu trabalho e tinha que o fazer. Nem mais. Jogadores para jogar e dar tudo dentro de campo, é isso que todos os portugueses esperam.

Mundial 2010 - 8º dia


A Alemanha perdeu com a Sérvia, jogou pouco, nomeadamente Lukas Podolski e lá caíram as opiniões de mais uns quantos. A Sérvia com Stojkovic (O Sporting está cheio de sorte porque irá vender um mono, que foi o homem do jogo), Ivanovic, Subotic, Vidic e Kolarov, uma defesa de aço puro, que conteve os panzers alemães. A arbitragem irritou com uma certa razão os alemães, mas, neste Mundial não existem de momento favoritos claros. A Eslovénia empatou com os USA, mas esteve a ganhar 2-0 e é uma selecção que poderá não ter dito a última palavra.

No último jogo do dia, a Inglaterra empatou com a Argélia num jogo equilibrado e que dá para ver que os ingleses já entram cansados em campo. Neste Mundial, correndo o risco de não ser original, prognósticos, prognósticos, só mesmo no fim do jogo.

Lapidar 17

Então, ele chega e vai jogar? E eu estou aqui a fazer o quê? (Manuel José)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Mundial 2010 - 7º dia


Uma jornada de dez golos. Finalmente. A Argentina impressionou, com Messi em grande plano a impulsionar a equipa e o hack-trick de Higuain, sempre de assinalar. Não achei nada de especial à Coreia do Sul, uma espécie de matraquilhos mais velozes. No entanto, não estou convencido com os grandes elogios à Argentina, e com Mourinho, Messi e os companheiros não tinham tanta liberdade. A ver vamos. Os que gostam de Messi, não gostam de Maradona. Há uma incompatibilidade que tem de ser explicada. Queria também referir-me aos comentários lengosos do João Querido Manhã, hoje na TVI24 de que falarei nos próximos dias. Porque já encontrei o segundo Metralha. O tipo percebe mais da fauna da noite, hipopótamos e elefantes brancos, e anda a deitar abaixo o nosso Ronaldo. Vai levar um post de esclarecimento total.

A Grécia ganhou à Nigéria, num jogo sem interesse e que não merece relevo. A França, que injustamente se classificou para o Mundial, está a pagar o preço da batota e foi surpreendida por um México sem complexos. O horrível Domenech que diz faremos as contas depois, vai ter que aguentar com a mochila.

Portugal


Ó mar salgado, quanto do teu sal / São lágrimas de Portugal! / Porque te cruzamos, quantas mães choraram, / Quantos filhos em vão rezaram! / Quantas noivas ficaram por casar / Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena / Se a alma não é pequena, / Quem quer passar além do Bojador / Tem que passar além da dor / Deus ao mar o perigo e o abismo deu, / Mas nele é que espelhou o céu. ( Fernando Pessoa )

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Mundial 2010 - 6º dia

Descanso. Dos tipos que não jogam nada. Dos comentadores que não comentam. Parece que o Uruguai, finalmente, joga ao ataque e sem medo.Tem um tal Forlán que joga para a frente e não quer saber de desgraças. Catorze jogos foram pastilha. Hoje, não há nada para ninguém.

Thomas Muster, o regresso


Foi a melhor notícia do dia de hoje. Thomas Muster, o grande campeão austríaco vai regressar na próxima semana, aos 42 anos, com um convite (wild-card) no Challenger Nord/LB Open Brunswick, Alemanha. Só quem o viu jogar pode saborear a emoção que isso representa. Nunca me retirei oficialmente, tirei apenas uma férias e agora estou de regresso, disse Muster. Uma personalidade singular, um louco responsável e cativante, um dos últimos senhores do ténis mundial.

Em Março de 1989, depois de ter chegado às meias-finais do Australia Open, Thomas Muster derrotou o francês Yannick Noah nas meias finais do Open Key Briscane, Flórida (agora conhecido por Sony Ericsson Open). Ao sair do complexo desportivo foi atropelado por um automobilista bêbado, que lhe cortou os ligamentos do joelho esquerdo e lhe provocou uma lesão extremamente grave. Faltou à final frente ao Nº 1 mundial Ivan Lendl. A notícia chocou o mundo do ténis, na época. Muster regressou a Viena de Áustria, e com o auxílio de uma cadeira especial projectada para proteger o joelho operado praticou ténis com deficientes motores, todos os dias, durante seis meses. Contrariou os prognósticos daqueles que o deram perdido para o ténis e voltou. Conquistou muitos títulos, entre os quais Roland Garros. Retirou-se por uma mulher. Não existem mais pessoas como Thomas Muster.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Wimbledon


O torneio de Wimbledon já começou, estando ainda na fase das qualificações e já ficaram pelo caminho Rui Machado, Leonardo Tavares e Neuza Silva. A esperança portuguesa centra-se agora em Frederico Gil e Michelle Larcher de Brito que iniciam a sua participação no quadro principal na próxima segunda-feira. Jogar num court de relva é quase uma coisa do outro mundo, ainda que o piso se encontre mais lento do que no passado devido ao aumento do peso da bola. O ressalto muito baixo, os desvios imprevisíveis, o deslizar da bola depois de tocar no solo, tudo é completamente diferente. Foi exactamente por estes motivos que alguns tenistas, desde muito cedo perceberam que era necessário bater a bola na devolução, antes dela bater no solo (drive volley), como precaução perfeita aos desvios imprevistos. Assim, na relva o serviço-rede torna-se muito importante, para evitar as dificuldades de jogar muito tempo no fundo do court.
Por isso, todos os tenistas, eles e elas, se desdobram nas semanas anteriores a Wimbledon, a disputar outros torneios em relva, para adaptação ao novo tipo de piso. Nadal foi uma vitíma de uma decisão errada, porque sair da espectacular temporada na terra batida e de uma campanha emocionalmente muito tensa em Paris, foi directamente para Queen's onde tudo muda, e ainda por cima disputar pares, portanto não é surpreendente a sua eliminação. Quanto aos portugueses, o mesmo de sempre, com os resultados de sempre.

Mundial 2010 - 5º dia


Isto não está nada fácil. Portugal não conseguiu ultrapassar a Costa de Marfim, mas também não comprometeu e está na corrida. Apesar de ter visto muitas imperfeições e falta de ligação entre os 3 sectores que pensava já não existir, gostei da defesa. Principalmente de Coentrão e Bruno Alves, nomeadamente este último que anulou 3 situações de perigo de Gervinho, Kalou e Drogba. A Costa do Marfim jogou sem falhas, tinha conhecimento perfeito da selecção portuguesa e jogou no nosso erro. Mas não houve erros. Não perdemos nada, ganhámos um ponto, disse Ronaldo. Plenamente de acordo.

No terceiro jogo do dia, o Brasil ganhou por 2-1 à Coreia do Norte. Neste Mundial, as vitórias tem de ser conquistadas. O Brasil também não impressionou excepto no golo de Maicón. E teve dificuldades inesperadas. Portugal sabe com o que conta na próxima jornada. Esperamos que jogue ao ataque para ganhar. Mais nada.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Lapidar 16

Ansiedade e stress são problemas das pessoas que têm que pagar a renda da casa, a água, o gás e a electricidade e não têm dinheiro, não são problemas de jogadores de selecção. (Prof. Hernâni Gonçalves)

Mundial 2010 - 4º dia


Depois de ler o artigo de Manuel Pedro Gomes intitulado Onde estás futebol que não te vejo? no Record online, faz pouco sentido escrever este post. De facto, depois de 4 anos de espera, para se realizar o Mundial, depois de tantos jogos de qualificação e tanto ruído complementar, verificamos que de futebol nada. Coisas novas, jogadores que se destacam, selecções que arrisquem, nada, quatro vezes nada. Holanda 2 - 0 Dinamarca e Japão 1 - 0 Camarões, dois jogos de correria e organizações defensivas. O jogo defensivo só por si não é mau. Admira-se sempre os que defendem a sua cidadela e os que desesperadamente, pela arte e engenho tentam assaltar e entrar no reduto do adversário.

Pelo cálculo de probabilidades, e não podendo ser todos os jogos maus, pode ser que amanhã, às quinze horas, os verdadeiros artistas entrem em jogo e deslumbrem pela positiva, de modo a que os espectadores perante futebol de grande qualidade, abram a boca. E com a boca aberta não podem tocar as trombetas. Aliás, eles só tocam, porque no relvado aquele futebol é uma treta.

domingo, 13 de junho de 2010

Lapidar 15

Dentro de uma semana vou estar bom. (Nani)

Mundial 2010 - 3º dia


Se não viu, não perdeu nada. Compreendo os jornalistas que têm de arranjar cenas para manter os empregos. Mas, os jogos de hoje foram de muito má qualidade. E como não sou jornalista, devo dizer que em termos de futebol, o dia de hoje foi uma porcaria. O Argélia 0 - 1 Eslovénia foi péssimo. O Sérvia 0 - 1 Gana, foi mais do mesmo. Porque jogadores da qualidade de Vidic, Kolarov, Stankovic e Jovanovic não conseguem jogar em conjunto é um mistério. O Gana, a melhor das selecções africanas a nível táctico mereceu ganhar. O modo como anulou os movimentos ofensivos de Kolarov e Stankovic foi dos poucos apontamentos que valeu o visionamento do jogo. Quanto ao último jogo do dia, a Alemanha limitou-se a passear perante a passividade dos australianos.

Bom mesmo neste Mundial 2010 tem sido as arbitragens. Espero que o Olegario Benquerença seja feliz, e que não transforme um jogo acessível num sushi de camarões.

sábado, 12 de junho de 2010

Mundial 2010 - 2º dia


Para quem viu o jogo, a Coreia do Sul venceu por 2-0 com justiça e naturalidade uma Grécia velha em todos os sentidos. Na Coreia destacaram-se o nº 4 Cho Yong, grande defesa central à moda italiana e o incansável nº 10 Park Ji-Sung. Arriscaram e foram compensados. Uma arbitragem impecável do neozelandês Michael Hester.

A Argentina venceu a Nigéria por 1-0, com um grande golo do ex-sportinguista Heinze, mas não impressionou apesar das habilidades circenses de Messi e companhia, e mostrou na fase final alguma degradação física. Mas a Nigéria falhou nos momentos decisivos, embora o guarda-redes Enyema (Hapoel Tel-Aviv, Israel) seja de grande qualidade. O alemão Wolfang Stark efectuou uma arbitragem de grande nível.

No terceiro jogo, do dia de hoje, os EUA impuseram um empate à Inglaterra a uma bola. Mais um jogo sem grandes referências, a não ser o monumental frango do inglês Robert Green (West Ham United) que deu o empate aos americanos e deixou os ingleses verdes (green). Com um diletante seleccionador a Inglaterra, com bons jogadores arrisca-se a não ir muito longe, mas a imprensa inglesa não deixará passar em claro as fragilidades desta selecção. Nos USA distinguiram-se o soberbo defesa Onyewu (que jogador!) e o médio Bradley. Arbitragem de grande nível do brasileiro Carlos Simon.

Mundial 2010 - Arbitragens de alto nível


No jogo de abertura do Mundial 2010 entre a África do Sul e o México, assistimos a um jogo de medrosos em que as únicas situações de golo resultaram de falhas defensivas. Mas assistiu-se a uma arbitragem de altíssimo nível do improvável uzbeque Ravshan Irmatov, que conduziu o jogo de forma superior.

No segundo jogo do dia, Uruguai e França proporcionaram um espectáculo pouco interessante e que terminou com um resultado condizente. O Uruguai nunca perdeu um jogo oficial com a França. Arbitragem de alto nível do japonês Yuchi Nishimura que mostrou o primeiro vermelho do Mundial.

A melhor coisa que pode acontecer num jogo de futebol é uma boa arbitragem, e depois o resto.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Nani - On a doping case?

No site http://www.futebolportugal.com/ aparece um artigo de opinião que se transcreve, com o título As questões sobre Nani que eu colocaria se fosse jornalista.
1. Porque razão ao contrário de todas as lesões verificadas até agora na Selecção (Ronaldo incluido e Tiago já no estágio), a lesão de Nani não foi comunicada aos órgãos de comunicação social?
2. Porque razão a Selecção seguiu com Nani para a África do Sul com uma clavícula partida, sem se levar já o suposto substituto, como sucedeu com Pepe?
3. Porque razão Nani não permaneceu na equipa, guardando-se para uma eventual segunda fase, à semelhança do que foi pensado para Robben ou Drogba, este último também com uma fractura?
4. Como é possível que, durante três dias de treinos, com uma longa viagem pelo meio num avião cheio de jornalistas, nem um dos profissionais de comunicação social dar conta (ou pelo menos reportou) qualquer incomodidade, dor ou lesão de Nani no ombro?
5. Porque razão a equipa médica da Selecção, tão expedita a explicar tanta coisa, desta vez não apareceu?
6. Que espécie de máquinas de raio X existem na África do Sul que não existem em Portugal?

Os Belenenses

A SAD azul está à beira da ruptura, tendo contra si diversos processos de penhora por dívidas a diversos credores, equipas técnicas, jogadores, clube, fornecedores, fisco e Segurança Social. A extinção do futebol profissional, se a SAD entrar em insolvência, significará que os Belenenses não poderão jogar nas provas profissionais, de acordo com o estipulado nos requisitos da Liga, com semelhanças do que aconteceu no Farense, Salgueiros e Boavista. Os Belenenses, clube fundado em 1919, corre o grave risco de desaparecer a nível de futebol profissional. Entretanto, anuncia-se a contratação do guarda-redes Mora e do treinador brasileiro Baltemar Brito.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A ansiedade

Estamos a algumas horas de começar o Mundial de futebol. Vamos até onde a inspiração dos jogadores deixar, disse Queiroz entre outras banalidades. Se formos capazes, jogo após jogo, de derrotar os nossos adversários, então podemos ir longe. Penso que estas duas frases definem perfeitamente o desequilíbrio do nosso seleccionador. Uma jovem tenista portuguesa afirmou aquando da Fed Cup que para vestir a camisola nacional não basta só o talento. Se conseguirmos dominar a ansiedade, se entre os jogadores emergir o chefe natural, tudo correrá bem. E não precisamos do seleccionador para nada, só para enfeite.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Porque o esquecimento é ingratidão

Porque o esquecimento é ingratidão. Porque tenho memória. Os homens são mortais, mas os seus feitos não o são. Obrigado Ricardo e Jorge Perestrelo !

Preparando o futuro


Quem boa cama fará, nela se deitará. A foto mostra a vénia do presidente do SLB ao presidente da comissão de arbitragem da Liga aquando da tomada de posse do presidente da Liga. Para presidente da CD da Liga foi nomeado o juiz jubilado Herculano Lima, que vem do CJ da FPF. Só presidentes, portanto. O SLB fica com os árbitros e o FCP com a disciplina. Prepara-se portanto o futuro. Qual o papel dos outros clubes? Papel de embrulho. Futebol sem regabofe não tem a mínima piada.

Jornalista português assaltado


Li a notícia do Record online sobre o repórter fotográfico António Simões de O Jogo que foi assaltado, conjuntamente com jornalistas do Expresso e Marca. O mais importante é que estou vivo. O material é o menos. Não há noção do que é ter uma arma apontada, disse. É importante compreender que estas situações são muito complicadas e têm que ser denunciadas. Quando li a notícia arrepiado não fiquei. Passou-me um flash muito rápido e revi as minhas quatro comissões em África, as armas apontadas, o meu irmão que tombou em combate na defesa da Pátria, os meus homens que trouxe para a Metrópole para os entregar às famílias. É das tais coisas que pensamos que só aos outros acontece. Toda a gente quer mudar de sítio. Ninguém quer ficar aqui hoje. Tenho uma filha em que pensei. Penso também nos emigrantes que têm sido mortos na África do Sul. Pensei que ia ser apenas mais "um". O pontapé na bola não é a coisa mais importante no mundo. A coisa mais importante no mundo é a liberdade, se possível com segurança.

Nota : Recebemos informação sobre esse presumível assalto e estamos à espera de informação policial. Não temos dados sobre o assunto. Não há nada que nos preocupe e tudo o que desejamos é que o torneio comece, declarou o director de comunicação da FIFA, Nicolas Maingot. Este presumível director, confirma aquilo que penso. Quando não nos toca, qualquer incidente é sempre de uma banalidade exasperante.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Maradona, Bilardo e Palermo


Um elefante pode casar com uma doninha? Pode. Mas estou-me nas tintas. O ex-seleccionador da Argentina, Carlos Bilardo, afirmou num programa de rádio que faria sexo com o possível autor do golo que desse o título para a Argentina no Campeonato do mundo. Estou-me nas tintas. Umas semanas atrás, Diego Maradona afirmou que iria nú até ao obelisco no centro de Buenos Aires. Estou-me nas tintas. Martin Palermo, o avançado do Boca Juniors e da selecção, disse que se for ele o autor do golo do título pediria a Bilardo para usar peruca. Estou-me nas tintas.

Acho que a Argentina, mesmo com o Messi e o Di Maria não tem hipóteses. E acho mais coisas, claro, mas é melhor ficar por aqui. Lol.

Há sempre alguém que resiste

Há sempre alguém que resiste. Há sempre alguém que diz não. Depois da recente visita do presidente Lula a Portugal as coisas agravaram-se. No maior semanário português, houve uma reunião de jornalistas com a finalidade de procedimentos tendentes a cumprir religiosamente o novo acordo ortográfico. Desta reunião tive conhecimento, mas imagino que nos outros jornais e nos online foi a mesma coisa. Pela amostra no Record online, foi igual. Rabinho entre as pernas e a cumprir. Frases como surpreendidos com a receção, ciência exata, em direto ou atingir o teto, espalhadas por toda a parte, apoiando uma escrita de fraca qualidade desportiva.
Admiro os espanhois. Na língua espanhola ninguém toca. E são muitos mais países a falar a língua de nuestros hermanos. Mas por cá, tudo bem. Até há um periodo de carência, para o pessoal se habituar. Mas alguns prosadores não perdem tempo, e na imprensa desportiva, que é de vanguarda, vamos ao uso e abuso. Verdade seja dita, que se estivesse pendente do ordenado ao fim do mês, pelo que escrevesse, era capaz de fazer o mesmo. E daí não sei. Como diz o poeta, há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não.

O maior clube do mundo


Tem sido difícil arranjar material para escrever. Alguns dos melhores contadores de anedotas estão de atenções centradas nas transferências da época, os shreks abrandaram subitamente os ataques porque o campeonato acabou ou então põem os estagiários na procura de vídeos para poderem encher espaços com trivialidades. Afinal, a mesma coisa que eu faço, porque trabalhar é uma chatice.

De uma entrevista ao jornal espanhol Marca, diário oficial do Real Madrid, transcrevo algumas afirmações do presidente Florentino Perez. A história do Real Madrid demonstrou que a concretização de contratações de jogadores muito importantes, acabaram por ser baratas, porque deram-nos a dimensão mundial que hoje desfrutamos. Kaká veio para o Real Madrid sendo Bola de Ouro e FIFA World Player, portanto é um valor consagrado. Messi é o melhor do mundo depois de Cristiano Ronaldo e não seria bom ter os dois ao mesmo tempo, porque deve haver concorrência. Não temos ainda a decisão tomada, mas o que posso dizer é que a contratação de dois novos jogadores será a dos melhores do mundo nos suas posições. O jogo do Real Madrid é ganhar dando espectáculo. Temos um magnífico plantel e agora o melhor treinador do mundo. Portanto as nossas metas são as máximas. Faremos um concurso internacional para cobrir a fachada e fechar o tecto do Bernabéu, investiu-se 200 milhões no estádio e vão-se investir outros tantos. Em Valdebebas temos 120 hectares e havia espaço mais que suficiente para construir um grande estádio mas o Bernabéu é o nosso templo, está no coração de Madrid, sendo a imagem do madrilismo no mundo.

Por cá, dizem que em Portugal existe o maior clube do mundo, mas eu acredito que o maior clube do mundo está na China e dentro de alguns anos vamos conhecer o nome, porque neste momento encontram-se numa fase de expansão por toda a parte, dia após dia, com paciência de chinês.

domingo, 6 de junho de 2010

Roland Garros


O court central de Roland Garros - Philippe Chatrier - tem uma lotação máxima de 15.166 espectadores (click na foto). Ontem, na final feminina que opôs a italiana Francesca Schiavone à australiana Samantha Stosur estava lotado. Provavelmente se a capacidade de albergar mais pessoas fosse maior, estaria também cheio. Comparando com o Estoril Open, estamos a falar de realidades diferentes. Pessoas que gostam de ténis ao ponto de percorrerem longas distâncias para verem um jogo. As diferenças entre os dois tipos de pessoas são várias, desde logo os franceses pagam para ver ténis, entendem de ténis e são cultos e educados. Em Portugal, o maior número possível de pessoas à borla, como ninguém vê ténis durante o ano, também não percebem de ténis, e de cultura e educação, só dá para ver em redor. Acrescentem a estas características a clubite, a cegueira ao ponto de chegarem a aplaudir uma estrangeira para prejudicar uma portuguesa. Eu vi. Fui ao Estoril Open, mas fiz questão em pagar o meu bilhete.
No decorrer de um dos melhores torneios disputados em Portugal que terminou ontem, se excluírem os jogadores, familiares, treinadores e árbitros, o que resta? Quase nada. Ah! Porque gosto de dizer a verdade, esteve lá todos os dias um jornalista do Record e a ver ténis. Da velha guarda.

sábado, 5 de junho de 2010

Gonçalo Pereira, um senhor


Às vezes, infelizmente muitas, criamos imagens sobre jogadores de ténis que não correspondem à realidade. Essas impressões ficam gravadas na nossa mente porque não vemos os jogos, somente seguimos os resultados. Hoje, assisti à final masculina do Open de Oeiras que foi disputada entre Gonçalo Pereira e o jovem prodígio Frederico Silva de 15 anos. Gonçalo Pereira é o actual campeão nacional de ténis, tem 25 anos e é o Nº 1128 mundial. Começou a jogar muito novo e cedo se destacou entre os miúdos da sua idade. Como todos, ambicionava ser profissional e pediu ao seu pai para deixar de estudar para seguir a carreira profissional. O pai, disse que não e que ele deveria continuar a estudar. Como bom filho, obedeceu. Deixou o ténis e foi estudar. Licenciou-se em engenharia de construção naval e foi trabalhar para a Lisnave. O sonho do ténis tinha acabado. Mas O lá de cima quis que não fosse assim. Gonçalo Pereira conseguiu ter condições financeiras para voltar ao ténis. Tinham passado 4 anos e tinha que começar tudo de novo. E todos sabemos que estando parado tanto tempo é muito difícil voltar.

Esta semana vi-o jogar duas vezes. Fiquei muito impressionado. Tive alguns falhanços a avaliar as pessoas e este foi um deles. À partida estava muito condicionado porque ia jogar com um miúdo excepcional, um talento, um jogador que mesmo só vendo, altamente preparado para vir a ser um grande campeão no futuro. E no ténis a idade não conta muito, ou seja não tem o mesmo peso que em outras modalidades. Gonçalo Pereira ganhou. Não interessa muito aqui, explicar as jogadas, fazer a autópsia do jogo, como se diz na gíria. Ainda bem que mudei de opinião. Ainda bem, que mais uma vez, um amigo me abriu os olhos. No ténis, nunca devemos falar daquilo que não vemos. Gonçalo Pereira tem como objectivo baixar este ano para o Top 1000. Vai conseguir. Se puderem vê-lo jogar, não percam essa possibilidade. É uma lição para todos nós.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Stefan Koubek aperta Dani Koellerer

Stefan Koubek desta vez não deixou passar as provocações de Daniel Koellerer, e enfrentou-o apertando-lhe o pescoço. Dani "Maluco" saiu do court sob uma chuva de assobios e humilhado. O incidente passou-se durante um torneio na Austria.

Koubek foi eliminado do torneio que contava para uma liga local. Eu fiz o break no 2º set, mas ele fez o contra break de seguida. Então ele me insultou e mandou-me sentar. Eu disse-lhe que sabia o que tinha de fazer. Ele chamou-me de idiota. Na verdade, foi ainda pior a palavra que ele me chamou, disse Stefan Koubek, o experiente tenista de 33 anos e Nº 117 do mundo. Jurgen Melzer, o austríaco que jogou as meias-finais de Roland Garros com Rafael Nadal, esta sexta-feira, declarou que não gostaria que Koellerer fosse convocado para o próximo encontro da Taça Davis.

Os irmãos Metralha


Paulatinamente, vou anunciar os eleitos para as personagens dos irmãos Metralha. O primeiro foi fácil, está referenciado e é uma bosta. A beleza da internet é mesmo essa, ser um espaço aberto à opinião e ao debate. Os blogs não ameaçam os jornais online porque o leitor sabe distinguir o que é feito com responsabilização editorial ou não, declarou Sérgio Pereira do Maisfutebol. Pois, ainda bem. Assim sinto-me mais à vontade. Noutro blog, onde faz a sua promoção pessoal e dá tiros no escuro para ver se arranja emprego, declarou que mais que as crianças, tem muita pena dos idosos. Ainda bem. Também sou um idoso, a tentar ser jovem o mais tempo possível. Ficas portanto referenciado como o primeiro Metralha.

Nota : Não façam pressões para saberem todos os nomes de uma vez. Recentemente amnistiei um. Portanto, calminha e esperar. O Sérginho fia fininho e tinha que ser o primeiro.

Os quatro favoritos


INGLATERRA - Está colocada no Grupo C, com Argélia, Eslovénia e USA. O seleccionador é o italiano Fabio Capello, que muitos consideram o melhor táctico do mundo. Vai ter oportunidade de provar que pode potenciar, a organização defensiva e a cultura táctica dos ingleses Rooney, Gerrard, Lampard, Terry, Ferdinand, Cole, Walcott ou Lennon, entre outros.

ESPANHA - Colocada no Grupo H, com Honduras, Suiça e Chile. Apoia a sua cultura de jogo no colectivo e na qualidade dos jogadores como Puyol, Capdevilla, Piqué, Albiol, Marchena, Xabi Alonso, Fabregas, Xavi, Iniesta, Villa, Torres e David Silva. Completa o jogo colectivo com a ambição, uma ocasião única de uma geração de jogadores de conquistar o título.

BRASIL - Colocado no Grupo G, com Portugal, Coreia do Norte e Costa do Marfim. Maior potência mundial com 5 títulos mundiais, a selecção favorita mundial entre as 32. Uma selecção de luxo com Júlio César, Lúcio, Daniel Alves, Maicón, Kaká, Robinho, Luís Fabiano entre outros e comandados por Dunga que criou uma grande empatia entre todos, mas sujeita a uma grande pressão.

PORTUGAL - Colocado no Grupo do Brasil, pode ser o único país a jogar duas vezes com a selecção de Dunga. Assenta o seu jogo na qualidade dos jogadores, dependendo o êxito da união entre todos, e se decorrer com normalidade terá um ataque devastador (Ronaldo tem o Nº 7), capaz de em grande estilo golear qualquer selecção e arrasar em qualquer jogo. Humildade e ambição devem ser as suas melhores armas. Força Portugal !

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Lapidar 14

Fui convidado para trabalhar com Mourinho. (Costinha)

Realmente, depois de ler a entrevista de Costinha à LUSA, e depois de rever os artigos de desunião dos shreks do Record sobre Costinha, dava para fazer vários posts, e dava para ver porque José Mourinho é quem é, e os shreks são quem são.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Duda ou Coentrão?

Qual é o meu feeling ? Claro que não é o mesmo do BES! Um anúncio de muito mau gosto. Nem é o do Toni, nem o do Madureira, nem o do Mozer, nem o do Pinto, nem o do Manha, nem o do pinoca de óculos e cabelo à Tim Tim do qual não sei o nome, que tem uma programa sobre o Mundial, que é um prolongamento do canal Benfica. Quem vai decidir será Carlos Queiroz. Ora, se o seleccionador pensar em Portugal, será Duda. Se pensar no BES será Coentrão. Se fosse Mourinho, seria Duda. Se pensar nele próprio e nos jornalistas da TVI será Coentrão.
Parece indiferente? Não. É uma questão importante. Pode criar dentro da selecção alguns problemas, principalmente para culpabilizar Ronaldo, Nani, Mendes, Alves, Liedson, se houver um insucesso. É só estar atento. E denunciar. Chamar os bois pelos nomes, como diz o povo.

Bancarrota


As SAD dos três principais clubes de futebol portugueses apresentaram hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) as contas de exploração referentes ao período anual da época futebolística que agora termina. Com os floreados do costume, vale a pena ler os relatórios, justificações e projectos futuros. De pasmar. A SAD do Porto comunicou um resultado liquido positivo de 10,2 milhões de euros e um passivo total de 151,9 milhões de euros. A SAD do Sporting teve um prejuízo de 8,6 milhões de euros e o total do passivo actual é de 144 milhões de euros. A SAD do Benfica apresenta um resultado negativo de 22,8 milhões de euros e o valor do passivo é de 341,9 milhões de euros. O total dos passivos é de 637,8 milhões de euros.
Portanto, não é necessário ser muito inteligente para perceber que isto não dá resto zero. E que vai terminar mal. Nem sei como os bancos aguentam esta situação. Ler todos os dias nos jornais desportivos (também com passivos de milhões de euros), que estes clubes vão comprar mais estrêlas da bola é surreal. Mas pronto, talvez seja eu que não estou a ver bem o assunto.
Where vision gets built. (lema do Lehman Brothers)