Joguei enquanto o meu pai estava nas mãos de bandidos. Tive de superar o
trauma. Atendi uma chamada a quatro horas do jogo a dizer-me o que
tinha acontecido. Estava emocionalmente afetado e tive de tomar a
decisão em relação a estar ou não pronto mentalmente para jogar. Estava
confuso. Não sabia bem o que fazer, mas no final de contas sabia que não
podia dececionar 180 milhões de nigerianos. Tive de me fechar e
representar o meu país. Não podia informar os treinadores ou a Federação
da situação, que apenas um círculo pequeno de amigos sabia.
Disseram-me que matariam o meu pai mal caso eu denunciasse a situação às autoridades ou contasse a alguém. Não quis comentar com o selecionador, porque não queria que a situação se tornasse uma distração para ele ou para a equipa num dia de jogo tão importante. Por mais que desejasse falar-lhe disso, não podia.
Disseram-me que matariam o meu pai mal caso eu denunciasse a situação às autoridades ou contasse a alguém. Não quis comentar com o selecionador, porque não queria que a situação se tornasse uma distração para ele ou para a equipa num dia de jogo tão importante. Por mais que desejasse falar-lhe disso, não podia.
Felizmente o meu pai foi
libertado na tarde de segunda-feira. Agradeço à polícia pelos esforços
feitos no seu resgate e pelo apoio que recebi de amigos e familiares.
Infelizmente o meu pai está agora no hospital, a receber tratamento, em
face da tortura de que foi alvo." (John Obi Mikel, jogador da Nigéria)
Sem comentários:
Enviar um comentário