segunda-feira, 28 de março de 2011

O poder do Sporting e a situação do país

O Presidente da Assembleia da República (PAR) estava a sair da reunião com o PR onde estiveram a falar sobre a data das próximas eleições no país.
Ao mesmo tempo, o cessante presidente da AG do Sporting (Lino de Castro) estava em conferência de imprensa em directo para a SICN e TVI24 a tentar explicar que não houve irregularidades no turbulento processo de eleições do clube no passado sábado.
De repente, passaram para S. Bento para se ouvirem as palavras finais do PAR à saída da citada reunião. Uns segundos apenas. Voltaram ao directo para Alvalade, para transmitirem o resto da conferência de imprensa. Suponho que não são precisos mais comentários.

Quanto à conferência de imprensa, em vez de esclarecer, contribuiu e muito em criar ainda mais dúvidas sobre a opacidade do acto eleitoral no Sporting. Um processo cheio de irregularidades em que o PAG chegou a afirmar, por exemplo, que em nenhum momento os escrutinadores e os representantes falaram ao telemóvel. Desde as 20h de sábado (hora de fecho das urnas) até às 6 da manhã de domingo, para contarem pouco mais de 14 mil votos. Dez horas, portanto. Ninguém saiu para fumar, ninguém comeu e ninguém foi à casa de banho. Uns heróis.

Temos portanto 1 ou 2 processos de impugnação em marcha. Temos a tomada de posse do novo presidente da AG e temos muito mais coisas, para grande contentamento dos jornais. O espectáculo continua. A ambição do pequeno poder conduz sempre a situações muito animadas. 

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