Com o final do campeonato à vista e o campeão da época 2009/2010 praticamente definido, apesar das nuvens vulcânicas originadas por uma qualquer impugnação a pairar, vai abrir a partir da próxima segunda-feira a época da caça. Uns vendem, outros compram, emprestam ou dispensam. Se fossem verdadeiras as clausulas de rescisão até se poderia pensar que a recessão económica que o país atravessa poderia ficar resolvida pelo futebol. A azáfama vai começar.
De todos, o Benfica parece ser o que tem uma montra mais atractiva, mas só acessível às bolsas dos mais ricos da Europa. Mas os mais ricos, em qualquer mercado, sempre foram às lojas de mais classe, com atendimento personalizado e de forma discreta. Quanto a mim, o problema do Benfica é mais desfazer-se de muitos dos 65 jogadores que fazem parte da sua folha salarial e tentar vender uma ou duas figuras ao melhor preço possível. E de facto, tirando um caso ou outro não vislumbro modo de encaixarem tantos milhões como se diz. Se fosse o contrário do que digo, porquê fazer um empréstimo obrigacionista desta dimensão numa época em que os juros aumentam brutalmente?
Quanto ao Porto, não me parece que este ano tenha a capacidade de no mercado impor os métodos duros que conseguiu no passado, com excepção de dois jogadores, um dos quais desvalorizado por uma tramóia em que o meteram. Mas sem dúvida, entre os três grandes dispõe de maiores reservas de riqueza acumulada, além de um prestígio superior à concorrência e de uma experiência adquirida que mais ninguém tem.
O Sporting, aparentemente o mais frágil de todos os três, parece definitivamente o que apresenta mais soluções, de venda digo eu, a relação preço/qualidade é mais atractiva e há muito por onde escolher. Da baliza ao ataque não faltam nomes de enorme qualidade para gerarem mais valias. E se, em alguns casos, os compradores esperam pelo Campeonato do Mundo para decidirem, noutros é o pegar ou largar. Não comprar na altura certa pode acarretar um grande prejuízo. E neste ponto, acho que o Sporting está mais folgado.
Nos próximos posts vamos particularizar. Na certeza, que um jogador só vale aquilo que um comprador está disposto a pagar. E nunca, o que o marketing ou o sonho, acha que ele vale.
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