Eles esfregam os pés no tapete para afugentar os maus espíritos ou lançam grandes quantidades de sal no dojo em sinal de purificação, como verdadeiros deuses vivos, e prolongam os rituais shinto que subsistem há mais de 1 500 anos. No passado mês de julho, a Associação japonesa de sumo (AJS) excluiu para sempre um dos mais célebres lutadores hipónicos, Kotomitsuki (na foto à direita), e mais outros 27 atletas, por estarem ligados à máfia japonesa e participarem em jogos clandestinos. Este facto provocou um terramoto neste desporto secular, com perda de direitos televisivos e dos apoios de muitos patrocinadores.
Passada a turbulência, o mais ancestral dos desportos japoneses vai ressurgir, para tentar ultrapassar o estigma que significa que desde 2006 nenhum japonês consegue vencer um dos seis maiores torneios. O torneio (bascho) de Novembro contará com 22 japoneses entre 42 lutadores, sendo a Mongólia a nação mais representada, seguida da Bulgária, Coreia do Sul, Estónia, Brasil, China, Geórgia e Rússia. Com o tempo, o sumo mudou muito, depois do mongol Hakuho um dos maiores yokozunas da história, Asashoryu faz renascer a esperança a todos os milhões de adeptos do País do Sol-Nascente.
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