terça-feira, 23 de novembro de 2010

O direito a ser contra

O debate futebolístico nas televisões e rádio que é feito por treinadores, jogadores, árbitros, ex-representantes dessas classes e jornalistas na área do desporto para mim é uma grande seca. Só raramente os vejo, porque estão sempre comprometidos com a imagem, com o politicamente correcto, com a falsidade que emana do princípio da subsistência, ou seja de como ganhar a vidinha, ou ainda no dizer de Fernando Pessoa, do ganhar sem trabalhar.

Faz-me alguma confusão, chocando com o meu sentido democrático, que a crítica apenas possa ser feita pelos ditos especialistas. Que acham que as decisões tomadas pelos seus clubes serão certamente melhores do que as tomadas pelos espectadores de bancada. Primeiro, porque as decisões de uns devem ser compreendidas pelos outros. Segundo, porque muitas vezes as melhores decisões são tomadas por não especialistas. Terceiro, porque se eu "mergulhar" no grupo dos especialistas não passo a saber mais de um momento para outro. Finalmente, eu posso ser contra aquilo que eu quiser. Contra as fadas, os duendes, os anões, alguns jornalistas, aquilo que eu quiser.

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