segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Fed Cup 2010

Tinha resolvido escrever um post sobre a Fed Cup, mas ao ler um artigo escrito pelo Engº Manuel Valle-Domingues, ex-Presidente da Federação Portuguesa de Ténis, perdi logo as peneiras de escrever algo diferente. O excelente artigo com o qual me identifico totalmente foi publicado no www.oje.pt .
Efectivamente não nos demos bem com esta presença no Grupo I da Zona Europa/África que tínhamos alcançado em 2008 e, após o embate contra a Bulgária que determinaria qual das duas selecções se manteria neste grupo, a selecção portuguesa regressou ao Grupo II.
Se me perguntarem qual a minha opinião, sobre o desempenho das nossas jogadoras, que perderam oito encontros de singulares e um de pares, tendo saído vitoriosas por duas vezes em pares, direi que gostei de as ver jogar, as achei bem preparadas, com capacidade de variar jogo e determinadas em campo, mas considero que as adversárias tinham, quase sem excepção, mais traquejo competitivo, o que terá feito a diferença.
O ponto alto dos quatro dias de competição foi o nascimento de um par de sucesso, no encontro com a Roménia, em que a dupla Neuza Silva/Maria João Koehler combinou excepcionalmente bem (uma dextra e uma esquerdina), proporcionando um óptimo espectáculo e ganhando pelos parciais de 7/5 e 7/5. De salientar os serviços de Maria João e os voleis de esquerda de Neuza, de levantar a assistência.
Em conversa com vários responsáveis da Federação Portuguesa de Ténis, apercebi-me, sem estranheza, de que esta organização só tinha sido possível graças a um conjunto de boas vontades que se uniram por acreditarem no projecto. De salientar o trabalho da Federação, para cativar a atenção dos patrocinadores, alguns dos quais numa primeira abordagem não estavam sequer sintonizados para a importância da prova. Está, pois, de parabéns, pelo trabalho desenvolvido, todo o elenco federativo e em particular o seu presidente José Maria Calheiros, que também conseguiu uma decoração sublime na sala de Convidados, ao obter o empréstimo de algumas obras da pintora Sofia Pidwell (com quem é casado), que muito valorizaram o espaço.
Na conferência de imprensa que teve lugar após o jogo contra a Bulgária, saliento a declaração de Maria João Koehler, que passo a citar : "jogo sempre para ganhar, mas o facto de estar a representar Portugal, faz-me sentir um orgulho adicional". Esta atitude mostra uma maturidade precoce, de admirar, que coincide precisamente com o lema da Fed Cup, "It takes more than skill to play for your country", ou, em tradição livre, "É preciso mais do que jeito para jogar pelo seu país".

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