A nova geração do ténis feminino português, constituída pelas tenistas com menos de 18 anos é um dos maiores patrimónios desportivos que Portugal possui. Com o devido respeito, transcrevemos o belíssimo artigo do Diário de Notícias, escrito por Hugo Ribeiro com o título Campeã nacional pronta para o circuito.
O elevado nível exibido por Maria João Koehler (MJK) no Vale de Lobo Ladies Open da semana passada provou que está pronta para outros voos no circuito internacional.
A época de 2009 foi a da confirmação de MJK como uma das melhores tenistas portuguesas da actualidade, e revelou o seu potencial para ser uma das melhores de sempre, quiçá a Nº1 do nosso ténis feminino.
Na época transacta revalidou o título de campeã nacional de sub-18, sagrou-se campeã nacional absoluta, ajudou o Clube de Ténis do Porto a ganhar o Campeonato Nacional de Clubes e conquistou os seus primeiros títulos internacionais nos torneios de dez mil dólares (7255 euros) de Cantanhede e Amarante.
Apesar de derrotada na final de Vale de Lobo, no domingo passado, levanta mais cuidado a lesão abdominal que ameaça tornar-se crónica e poderá prejudicar o seu serviço - uma das suas principais armas - do que propriamente o resultado de 6-1 e 6-1, com que foi batida pela italiana Julia Mayr.
Miguel de Sousa, o seleccionador nacional de sub-18, resumiu bem a final : " A MJK guardou a sua pior exibição da semana para a final. Foi pena, mas está pronta para dar o salto e passar aos torneios de 25 mil dólares. Nesse nível superior de torneios vai descobrir que há outras jogadoras como a Julia Mayr, que são capazes de aguentar o ritmo elevado da MJK e que não falham e isso vai forçá-la a procurar outras soluções de jogo, mas vejo-a perfeitamente com capacidades de vir terminar os pontos à frente como fazia o seu treinador Nuno Marques, que também é esquerdino, ou aprender a abrir mais os ângulos do campo."
Com a MJK a subir de rendimento de forma consistente e Michelle Brito a procurar recuperar o seu melhor nível - esta semana ganhou no WTA de Memphis o seu primeiro encontro de singulares dos últimos cinco meses e meio, desde o US Open -, Portugal dispõe de duas jovens de 17 anos cheias de potencial.
Os seus percursos tem sido diferentes e MJK optou por entrar no profissionalismo sem deixar totalmente os juniores. Explicarei noutra ocasião porque me parece a escolha acertada.
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