domingo, 14 de fevereiro de 2010

Maria João Koehler


A nova geração, são jovens, que não pretendem mudar o mundo, antes querem primeiro mudar o bairro, para depois mudar o seu país. Querem ser competentes, e não estão muito preocupados com o emprego ou com o umbigo, como as gerações anteriores. Têm a oportunidade de ajudar milhares com necessidades, com a sua competência, inteligência e trabalho. Eles vão desencadear uma revolução de cidadania, usando o cérebro, o coração e o voluntariado, cada um fazendo a sua parte.

Para quem anda por aí, ocupando o tempo livre, enchendo-o com pequenas coisas, evitando ser destruído pela situação de reformado, procurando novos objectivos, recusando colocar-me em qualquer dos lados da barricada e esquecer erros graves do passado, é fácil constatar o ressurgimento da nova geração de valores.

O encontro de pares entre Portugal e a Roménia, reparou o meu coração despedaçado. Portugal tinha perdido os dois encontros de singulares e na prática o encontro de pares não servia para nada. Portugal estava praticamente despromovido, como se veio a confirmar no dia seguinte. Os espectadores que quase enchiam o complexo desportivo do Jamor, estavam mesmo tristes. Mas aquele jogo de pares, com a Neuza Silva e a Maria João Koehler, foi tão emocionante e bem jogado, que por momentos uniu os portugueses presentes. Há quanto tempo isso não acontecia. Saí com as mãos a arder, activei a circulação, que me tem dado problemas nos últimos dias. Cumprimentei os pais da MJK e um amigo, e cansado fui a pé até à estação do comboio da Cruz Quebrada, e depois, rumo a Cascais. Pelo caminho, encontrei um jovem jogador do CTJamor, que ia treinar-se e me perguntou como foi. Foi brutal, pah!, respondi.

Havia uma palavras que não me saíam da cabeça. É preciso mais do que jeito para jogar pelo teu país.

Maria João Koehler, representa a vanguarda de um fantástico grupo de jogadores, masculinos e femininos, que irá fazer furor nos circuitos de ténis. Não os posso mencionar a todos, uns terão mais sorte do que outros, devido a circunstâncias fora do ténis, problemas da vida, das famílias e das pessoas. Mas vão ser preciso todos, mas mesmo todos, sem exclusões. Finalmente, finalmente, esta nova geração de jovens agora, homens e mulheres no futuro, em todos os domínios da actividade humana, vai ser precisa para a reconstrução do nosso país, e para o esquecimento destes maus momentos em que Portugal está mergulhado com as respectivas personagens.


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