Por todos os motivos uma final memorável, desde logo pelo hino ao bom ténis. Uma final assim pode figurar em qualquer compêndio, pela diversidade de golpes, pela inteligência, coragem e entrega ao jogo de ambas as jogadoras. E classe.
Kim Clijsters, a super-mãe, ganhou 6/4,4/6 e 7/6(6) a Justine Henin que regressava à competição após uma ausência de 20 meses. Duas belgas a jogo. As finais ganham-se, mas também podem ser bem jogadas. No final, Kim doou o cheque vencedor de $37,000 ao Royal Brisbane Children´s Hospital da Austrália.
Inperdível para quem gosta de ténis. Como entusiasta e seguidor do ténis juvenil português, gostava de tecer alguns comentários à margem das questões técnicas desta final, convidando todos os jovens tenistas a visionar, logo que possam, este inesquecível jogo, provavelmente o mais bem jogado que vi nos últimos 3 anos a nível feminino.
Assim, foi possível observar como Justine Henin com 1,67/57Kg e Kim Clijsters com 1,74/68Kg usando as suas condições naturais conseguem grande mobilidade em campo, pancadas muito fortes, precisão direccional, serviços determinantes e condição psicológica que permite recuperações espectaculares. Muito simples. Treino mental. Recordei as palavras de do professor Fernando Tocha, actual treinador do CIF, pessoa que estimo muito, que em conversa informal me dizia "sabe, o treinar muito, mais do que os outros, também é ter talento."
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