Se Fernando Pessoa tivesse sido rico, com amigos e com família, bem instalado numa casa, em lugar de andar errante e de comer pessimamente, será que teria produzido a poesia, os heterónimos, a prosa e o pensamento que produziu? Não sabemos. Nunca saberemos aquilo que teria acontecido. Em História apenas aquilo que acontece é passível de análise.
Camilo Castelo Branco teve, por exemplo, como destino o ser obrigado a escrever e ele cumpriu esse destino, o destino de ter fome, o de ter dificuldades sociais, mas ao mesmo tempo em cada livro que escrevia, ou em quase todos os livros que escreveu, ele pairou sempre acima do seu destino. O percurso de Camilo termina com o suicídio, provavelmente devido ao problema físico da cegueira. Não sabemos. Nunca saberemos.
O Benfica tem um projecto olímpico. Os outros clubes grandes e pequenos já o têm há muito tempo. Este projecto consiste em não fazer praticamente nada pelo desenvolvimento desportivo, mas apenas cativar os melhores atletas portugueses nas mais diversas modalidades, para com os seus resultados positivos conseguir medalhas. De ouro, de preferência.
O sagaz e inteligente presidente, LFV, anunciou este espantoso projecto olímpico aos milhões de adeptos todos iguais da coletividade. Adeptos todos iguais, porque mais de metade da população de Portugal, dizem, é benfiquista. Os restantes, nos quais me incluo, somos diferentes.
O Benfica que gasta mais de 70 milhões de euros anuais, dos quais 37,5 milhões com a aquisição de jogadores de futebol, possui perfeitamente um milhão para gastar na compra de atletas para um projecto olímpico. Assim, vieram para a coletividade, Telma Monteiro, a judoca que abandonou treinador, clube e patrocinador que a protegeu desde muito jovem, Vanessa Fernandes, a tri-atleta, que abandonou Perosinho e o treinador de sempre Sérgio Santos e a canoísta Joana Vasconcelos, de 18 anos que abandonou o Clube Náutico de Crestuma e todos os seus apoiantes.
Conseguirão conquistar para o Benfica ainda mais daquilo que conseguiriam se tivessem seguido o seu percurso natural?
Não sabemos, nunca saberemos.
Pensamento : Quem se ergue nas pontas dos pés, não ficará muito tempo de pé. (Lao Tse)
Camilo Castelo Branco teve, por exemplo, como destino o ser obrigado a escrever e ele cumpriu esse destino, o destino de ter fome, o de ter dificuldades sociais, mas ao mesmo tempo em cada livro que escrevia, ou em quase todos os livros que escreveu, ele pairou sempre acima do seu destino. O percurso de Camilo termina com o suicídio, provavelmente devido ao problema físico da cegueira. Não sabemos. Nunca saberemos.
O Benfica tem um projecto olímpico. Os outros clubes grandes e pequenos já o têm há muito tempo. Este projecto consiste em não fazer praticamente nada pelo desenvolvimento desportivo, mas apenas cativar os melhores atletas portugueses nas mais diversas modalidades, para com os seus resultados positivos conseguir medalhas. De ouro, de preferência.
O sagaz e inteligente presidente, LFV, anunciou este espantoso projecto olímpico aos milhões de adeptos todos iguais da coletividade. Adeptos todos iguais, porque mais de metade da população de Portugal, dizem, é benfiquista. Os restantes, nos quais me incluo, somos diferentes.
O Benfica que gasta mais de 70 milhões de euros anuais, dos quais 37,5 milhões com a aquisição de jogadores de futebol, possui perfeitamente um milhão para gastar na compra de atletas para um projecto olímpico. Assim, vieram para a coletividade, Telma Monteiro, a judoca que abandonou treinador, clube e patrocinador que a protegeu desde muito jovem, Vanessa Fernandes, a tri-atleta, que abandonou Perosinho e o treinador de sempre Sérgio Santos e a canoísta Joana Vasconcelos, de 18 anos que abandonou o Clube Náutico de Crestuma e todos os seus apoiantes.
Conseguirão conquistar para o Benfica ainda mais daquilo que conseguiriam se tivessem seguido o seu percurso natural?
Não sabemos, nunca saberemos.
Pensamento : Quem se ergue nas pontas dos pés, não ficará muito tempo de pé. (Lao Tse)
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