segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O dono do Manchester City


Gastos kamikaze, foram as palavras utilizadas por Sir Alex Fergunson para definir a era actual das aquisições loucas e altamente dispendiosas no futebol. Referia-se às compras por valores muito elevados que estão a ser feitas pelo Sheik Mansour para construir uma equipa invencível.

A UEFA tem praticamente acabado um novo plano financeiro que visa regulamentar as transferências no futebol, de modo a tentar serenar e provocar equilíbrios no futebol. É um conjunto de complexas regras e cálculos que terão como base limitar as compras de jogadores quando os clubes tem demasiados passivos e perdas acumuladas, bem como relacionar as aquisições com os orçamentos dos clubes e impor pesadas taxas suplementares que irão engrossar um Fundo da UEFA, especialmente criado para o efeito. De modo a contornar as dificuldades de aplicação de regras fixas, devido à liberdade da movimentação dos capitais numa economia livre, a UEFA criou sobre cada transferência a realizar depois de 2012, uma taxa especial que reverterá a seu favor e que tornará as verbas envolvidas numa transferência de tal modo insuportáveis que limitará todas as transferências entre clubes.

Estamos pois, no final de um ciclo e no limiar de uma nova era que vai premiar aqueles que investem na formação, nos jovens, na inovação e nos recursos para o desenvolvimento. Este controlo dos pesados orçamentos dos clubes de elite, já está a ser tomado em conta por muitos grandes emblemas do futebol europeu, como o Manchester United e o Bayern de Munique. O Scheik Mansur, dono do Manchester City, revelou que está preparado para enfrentar os novos regulamentos, e que de facto é mais fácil comprar escolas e academias de formação de jogadores do que gastar numa época 500 milhões de euros com aquisições. É aqui que entra Portugal, neste novo jogo em que somente um ou dois vão ter acesso.

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