A ideia não é minha, li-a num artigo de Fernando Meligeni, um grande tenista brasileiro dos anos 90. Na sua crónica sugere uma Davis juvenil com os jogadores a envergar as camisolas do seu país, a 5 sets e que os jogos se disputassem em cidades pequenas mas que tivessem muito interesse pelo ténis. Os jogadores poderiam não ser juvenis, desde que não tivessem pontos ATP ou WTA e nunca tivessem tido. A data limite seria os 20 anos.
Uma ideia sem dúvida muito interessante. Mas tendo em conta que a Davis é um evento muito caro, e que existem pequenos investidores potencialmente interessados, seria uma oportunidade única para alterar o tradicional quadro de investidores neste tipo de eventos, que por repetitivo e devido à crise finaceira no mundo, cada vez é mais escasso. Mas a questão mais importante é potenciar jovens para representar o seu país, incutir neles a força de amar o seu país e não apenas competir por dinheiro.
O espaço onde se movem as pessoas do ténis é circular, fechado portanto, com o circulo a aumentar ou diminuir conforme as circunstâncias. Isso impede o crescimento do exterior para o interior. Quando o circulo aumenta, significa que os de dentro procuraram os de fora para integrá-los, e não a espontânea vontade dos exteriores em aderir. Parece complicado, mas não é. De inicio, quando quis entrar, senti dificuldades, barreiras e preconceitos. Ainda hoje, me perguntam frequentemente a origem, o motivo da minha adesão e quase todos ficam espantados quando respondo que nunca tinha tido amigos ou familiares ligados ao ténis. A necessidade dos clubes se expandirem, tendo mais atletas, para poder sobreviver não alterou muito este cenário. Esta situação, que é negada por quase todos, tem sido o principal obstáculo à entrada de novos patrocinadores e adeptos.
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