Como na guerra, no desporto existem estes dois conceitos para programar as suas acções. Principalmente nas modalidades colectivas. Tal como no xadrez em que os jogadores visionam várias jogadas à frente, os treinadores tem a capacidade de antecipar e visionar todos os factores do jogo, de modo a posicionar os seus jogadores. Na previsão destes factores e nos respectivos resultados, existe a diferença entre os bons e os maus. Os que circunstancialmente são bons ou maus, ou os que quase sempre são bons.
O conhecimento e o uso perfeito da diferença entre estratégia e táctica, marca a diferença. Este assunto leva-nos a outra direcção, se pretendêssemos comentar, a diferença entre o treinador oriundo de jogador ou o treinador licenciado numa faculdade. Porque há diferenças e muitas. Quando o jornal A Bola coloca como título Jorge Jesus ensaia a estratégia para o próximo domingo, o jornalista comete um erro grosseiro. Mas ele não sabe muito destas coisas. Pensa que sabe. Uma estratégia não se ensaia e muito menos quando se confunde táctica com estratégia, algo que é muito vulgar.
A estratégia (inteligência em movimento) é o uso dos combates para vencer a guerra, tem um plano de jogos (campeonato) ou jogo (final) e a táctica é o uso das forças armadas (jogadores) para ganhar os combates (jogos). O detentor da superioridade de meios (estrategicamente superior) pode ser derrotado pelo potencionalmente inferior, de forma planeada, na medida em que este último, pela manobra (táctica) pode obter superioridade manipulando o espaço, o tempo, a dimensão e concentração, a economia de esforços e até a sorte.
Quando o treinador desempregado Toni diz que o Benfica ganha este jogo até com a minha avó às costas, perdeu-se um treinador e ganhou-se um trauliteiro. A clubite cega.
Se as claques ganhassem jogos, a selecção chinesa era invencível. (Anónimo)
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