Carlos Queiroz anunciou hoje, à hora dos noticiários nacionais, a lista dos convocados para o Campeonato do Mundo na África do Sul. Pelos primeiros comentários, a lista serviu para desunir e até o classificaram já de ser um homem com maldade e prepotência. Nunca gostei dele. Desde o tempo, a que aceitando um convite de Sousa Cintra, substituiu Bobby Robson no comando do Sporting, quando seguia em primeiro lugar no campeonato. Criou imensos problemas à direcção de Santana Lopes, acabou por sair, colocando o clube em tribunal para receber os anos de contrato que lhe faltavam cumprir. Foram vários gestos muito feios e que marcam para sempre.
Suceder a Scolari nunca seria fácil. Penso que foram os jogadores que o salvaram, ao classificar Portugal para a fase final do mundial, quando ficou sem bússola e estava perdido. Alguns jogadores, que agora não foram convocados. Queiroz resolveu seguir uma via fracturante, mas quem segue esses caminhos tem que ter o poder de saber comandar os seus homens e ser respeitado por eles. Não me parece que esta personagem tenha a sedução e o poder de Scolari. Temo que a nossa selecção, uma das melhores de sempre na qualidade e experiência dos jogadores, possa ser estilhaçada e reduzida a cacos. Espero bem que não. Mais que discutir a preferência ou não, sobre um qualquer jogador, é preciso saber unir. É banal dizer isto, mas a união faz a força. Espero que os jornais parem com as loas ao campeão. Que os portugueses esqueçam, nem que seja só por um mês, as suas diferenças no futebol.
Outras vezes na nossa História, faltou-nos um chefe. Mas ele sempre emergiu dos que lutam, para nos levar à vitória.
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