Frequentemente acompanho os resultados dos tenistas portugueses através dos livescores das principais apostadoras, devido ao facto de em alguns torneios não haver possibilidade de seguir os jogos em directo de outra forma. E, curiosamente, existe quase sempre muita aleatoriedade nos jogos seleccionados pelas apostadoras. Coincidências, presumo. Não aposto, neste tipo de jogos por isso posso observar ao longo dos anos dezenas de jogos com resultados esquisitos e sempre com recuperações fantásticas ou inversão de resultados que me fazem desconfiar.
Há semanas fui assistir a um torneio de ténis no CETO em Oeiras, e durante uma pausa estive a observar um placard de parede que tinha vários recortes de jornais. Um dos recortes, referia-se a uma entrevista concedida ao Diário Económico de 15 de maio, secção desporto, por João Cunha e Silva. Tentei na net uma cópia da mesma e não consegui, nem ainda tenho em meu poder uma fotocópia que solicitei. Trata-se de uma entrevista excelente em que Cunha e Silva conta o seu percurso desde jovem jogador ainda juvenil até aos dias de hoje, em que é um consagrado treinador mundialmente reconhecido. Quando obtiver a citada fotocópia conto escrever um artigo sobre ela, porque são contados episódios sensacionais, autênticas histórias de vida.
Mas não posso deixar de referir duas delas que vou citar de memória correndo algum risco de não ter a precisão suficiente nos detalhes. À primeira, atribuo um valor pessoal excepcional, e trata-se de um facto muito simples, ou seja a revelação que o senhor seu pai lhe deu o subsídio de férias para ele poder ir jogar para os USA durante uma semanas. A segunda, é substancialmente diferente e adequa-se nas intenções que me levaram a escrever este post.
João Cunha e Silva estava no Top 100 e disputava um torneio em Saragoça, e nesse torneio encontrava-se o sueco Bjorn Borg, que pretendia relançar a sua carreira depois de uma interrupção. O director do torneio dirigiu-se ao João e prometendo uma quantia em dinheiro pediu-lhe para facilitar no jogo em que iria defrontar Borg. Claro, que João Cunha e Silva não aceitou e venceu o sueco que depois dessa tentativa teve uma curva totalmente descendente na sua carreira. Retomando o início deste post, queria dizer, que assim como noutras coisas da vida também acho que aquilo que parece, é.
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