Há sempre alguém que resiste. Há sempre alguém que diz não. Depois da recente visita do presidente Lula a Portugal as coisas agravaram-se. No maior semanário português, houve uma reunião de jornalistas com a finalidade de procedimentos tendentes a cumprir religiosamente o novo acordo ortográfico. Desta reunião tive conhecimento, mas imagino que nos outros jornais e nos online foi a mesma coisa. Pela amostra no Record online, foi igual. Rabinho entre as pernas e a cumprir. Frases como surpreendidos com a receção, ciência exata, em direto ou atingir o teto, espalhadas por toda a parte, apoiando uma escrita de fraca qualidade desportiva.
Admiro os espanhois. Na língua espanhola ninguém toca. E são muitos mais países a falar a língua de nuestros hermanos. Mas por cá, tudo bem. Até há um periodo de carência, para o pessoal se habituar. Mas alguns prosadores não perdem tempo, e na imprensa desportiva, que é de vanguarda, vamos ao uso e abuso. Verdade seja dita, que se estivesse pendente do ordenado ao fim do mês, pelo que escrevesse, era capaz de fazer o mesmo. E daí não sei. Como diz o poeta, há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não.
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