Li a notícia do Record online sobre o repórter fotográfico António Simões de O Jogo que foi assaltado, conjuntamente com jornalistas do Expresso e Marca. O mais importante é que estou vivo. O material é o menos. Não há noção do que é ter uma arma apontada, disse. É importante compreender que estas situações são muito complicadas e têm que ser denunciadas. Quando li a notícia arrepiado não fiquei. Passou-me um flash muito rápido e revi as minhas quatro comissões em África, as armas apontadas, o meu irmão que tombou em combate na defesa da Pátria, os meus homens que trouxe para a Metrópole para os entregar às famílias. É das tais coisas que pensamos que só aos outros acontece. Toda a gente quer mudar de sítio. Ninguém quer ficar aqui hoje. Tenho uma filha em que pensei. Penso também nos emigrantes que têm sido mortos na África do Sul. Pensei que ia ser apenas mais "um". O pontapé na bola não é a coisa mais importante no mundo. A coisa mais importante no mundo é a liberdade, se possível com segurança.
Nota : Recebemos informação sobre esse presumível assalto e estamos à espera de informação policial. Não temos dados sobre o assunto. Não há nada que nos preocupe e tudo o que desejamos é que o torneio comece, declarou o director de comunicação da FIFA, Nicolas Maingot. Este presumível director, confirma aquilo que penso. Quando não nos toca, qualquer incidente é sempre de uma banalidade exasperante.
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