A maior fragilidade do futebol actual prende-se com a particularidade de um erro grosseiro de um árbitro, poder alterar a verdade desportiva de um jogo e obrigar a alterações nos planos de qualquer equipa. Hoje, nos embate entre a Alemanha e Inglaterra, o árbitro uruguaio Jorge Larrionda não validou um golo inglês que entrou mais de um metro dentro da baliza do desamparado keeper alemão. E no outro encontro disputado entre a Argentina e o México, o árbitro italiano Roberto Rosetti validou o primeiro golo argentino obtido em nítida posição de fora de jogo. Se, no primeiro caso, o golo inglês daria o empate a dois e portanto a imprevisibilidade do que iria suceder, no segundo caso, um golo irregular deu a tranquilidade necessária à Argentina para pausar o seu jogo e psicologicamente reestabelecer-se de uma bola na trave ou de uma possibilidade perdida de forma clamorosa pelo avançado mexicano.
No primeiro caso, silenciosamente mudei de canal e raramente passei outra vez pelo jogo. No segundo caso fui tranquilamente jantar com a família e só voltei por volta do golo mexicano. Se pode ser verdade que eles não fazem de propósito, estes factos são impossíveis de acontecer em muitas modalidades colectivas, estamos no século XXI e um mundo imenso de soluções para evitar estas sortes do jogo. Em qualquer profissão, erros muito graves que prejudiquem terceiros são punidos com a perda do emprego. Mas, no futebol existe sempre a desculpa que errar é humano. Na verdade assim é. Mas se existirem ao alcance da nossa mão a solução para evitar erros, porque não despedimos os senhores da UEFA e da FIFA, sempre também no princípio da aleatoriedade que eles próprios invocam. Ou estão acima da lei?
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