quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Caroline Wozniacki chega ao topo do mundo

                                           
                                          

No dia em que a dinamarquesa Carolina Wozniacki assegura que na próxima segunda-feira ocupará a posição Nº 1 WTA, destronando Serena Williams, apresentamos  uma curta entrevista com Patrick Mouratoglou que consideramos muito significativa sobre alguns aspectos do ténis feminino mundial.

Patrick Mouratoglou, Caroline Wozniacki vai seguramente tornar-se a número 1 mundial. É isto uma aberração? Não é uma aberração, é uma realidade (sorrisos). Não irei ao ponto de dizer que é uma aberração porque há que dar lugar ao mérito. Em França as pessoas estão focalizadas no talento, as pessoas tentam encontrar o talento de Nadal. Mas há muitas outras qualidades que as pessoas não querem absolutamente ver e não procuram essas, porque não querem. Hoje em dia há números 1 mundiais que não são especialmente talentosos, mas que foram construídos com as características de como deve ser um campeão e com muita vontade. Carolina é acima de tudo um produto. O seu pai avalia-a assim, mas ela tem muitas outras qualidades. Ela é muito pragmática, hiper motivada e organizada. Ela vai ser a número 1 pelo seu trabalho, por nunca se ter desleixado e por se bater sempre a fundo. Estes são os verdadeiros valores do desporto. Agrade ou não agrade ás pessoas é assim mesmo.

Ela vai-se instalar para durar? Sim, porque há um deserto à volta dela. Ela beneficia de um conjunto de circunstâncias favorável. Ao mesmo tempo, se houvesse mais concorrência, ela teria que encontrar outras soluções para continuar a melhorar. Hoje em dia, o nível é muito fraco no ténis feminino, não há muita concorrência e as raparigas como Carolina contentam-se involuntariamente em ser como elas são.

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