segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O número não engana


O objectivo de todos os profissionais de ténis, como em qualquer outra profissão, é ganhar dinheiro. O máximo possível. De início, na fase de investimento numa carreira profissional, os tenistas procuram o reconhecimento e os títulos, mas rapidamente descobrem que sem dinheiro é impossível prosseguir. Olhando para o WTA Money Leaders temos imediatamente a noção de um desfasamento entre os dois rankings. Serena Williams a número um mundial arrecadou esta temporada em prize moneys a impressionante quantia de US$ 4,226, 011. Segue-a a belga Kim Clijsters com US$ 3,585,060.

A dinamarquesa Caroline Wozniacki que ataca esta semana a liderança do ranking mundial está apenas na quinta posição com US$ 2,115,988 e tem à frente dela Venus Williams e Vera Zvonareva. A sérvia Jelena Jankovic (7ª) está na oitava posição com US$ 1,683,776 e muito longe da sua rival Ana Ivanovic (36ª) e com apenas US$ 436,135 na 41ª posição. Maria Sharapova (21ª) arrecadou US$ 621,929. A francesa Alize Cornet que acaba de contratar o português António Van Grichen para treinador está na posição 80ª com US$ 206,596. Na 100ª posição a fechar está a japonesa Ayumi Morita com US$ 162,836. A melhor portuguesa Michelle Larcher de Brito (198ª) ganhou já US$ 77,826.

Os números não enganam. É muito dura a vida dos profissionais de ténis. Treinos diários muito intensos, viagens de hotel para hotel, mudanças climáticas repentinas, incompreensão e criticas dos adeptos por ignorância, perda dos melhores anos da juventude para a diversão, ausência de férias durante periodos prolongados, e tantos e tantos aspectos pessoais para resolver diariamente para depois se exigir a máxima concentração durante o jogo ou a manutenção do aspecto mental em nível alto. Uma profissão de alto risco, no sentido em que a procura de concretização de um sonho, pode resultar, muitas vezes, em perdas importantes numa vida.

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