domingo, 21 de março de 2010

Os coelhos fora da toca


Quando uma informação não vale nada, os militares dizem que a sua classificação é G3, numa ironia ao tipo de espingarda que usam. Embora a qualidade da arma seja excepcional, estamos a falar da origem, fonte e fiabilidade da notícia. A não ser em casos excepcionais, não existem notícias A1, e o facto de muitos acreditarem que sim, já deu origem a erros militares trágicos por informação não correcta e manipulada. Dava para escrever um compêndio sobre este assunto, que suscita imediatamente muitas perguntas. Uma notícia sobre desporto, nos tempos que correm é pois, sempre, de um grau para lá de G3. Um texto sobre desporto teria uma classificação tipo Z23, se existisse.


Recomendo muito aos amigos, mais velhotes e menos susceptíveis de acreditar nas petas de jornalistas desportivos, que tomem em atenção estes factos. Quando se lê, o que um tipo escreve em mais de 50 artigos de opinião (força de expressão - porque na realidade são textos de muito má qualidade), fica-se com uma ideia de quem é o escriba que diz determinadas enormidades. Mas se juntarmos uma pitada de pimenta (o que os amigos dizem dele), ou mesmo uma pitada de sal (a observação directa do seu comportamento), chega-se a resultados muito interessantes. Imaginem, por exemplo que há mais de 20 anos acompanhei nos restaurantes e na noite de Lisboa, esse jornalista, que despontava como um coelhinho nos primeiros saltinhos que dá na relva fresca, da manhã. E mais não digo, por não ser interessante. Concordamos que dá perfeitamente para entender o sentido das suas opiniões escritas, ainda para mais sabendo o clube que venera.


Ora, este episódio, Izmailov - Costinha - Sporting - jornalistas desportivos ( eu sei que esta designação, os irrita, mas na verdade não os considero jornalistas, na verdadeira acepção da palavra), deitou para fora da toca os coelhos. Foram tocados, como se diz na gíria dos caçadores. Mas os coelhos mais velhos não saíram. Dá para ver, portanto, o que os novatos escrevem , quem são e a mando de quem estão. Bom verso. No próximo post, avançaremos com este tema. Vamos saber quem são os de fora (mercado consumidor de jornais), os do meio (jornalistas) e os de dentro (balneário e dirigentes). E como se processa a circulação das informações que dão origem às notícias e às mentiras. Vamos saber o que é o jornalismo amigo e o cancro social que representa. Sem convicções. Com certezas.

Chapéus há muitos! Seu palerma! Chapéus há muitos! (Vasco Santana)

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