terça-feira, 20 de abril de 2010

Mourinho - Uma lição grátis


Não sei o que vai acontecer na 2ª mão em Barcelona. Terei que ler atentamente os comentários dos cronistas levianos da nossa praça. Depois, tirarei as conclusões inversamente proporcionais aos dixotes e bitaites dos moralistas. José Mourinho armou uma equipa que reduziu à vulgaridade o Barcelona e com um pouco mais de sorte poderia ter arrumado a eliminatória. O Inter de Milão, foi superior, mais inteligente e tacticamente usou processos que devem ser revistos uma e outra vez, porque são lições de cátedra. Digamos que Mourinho é um cientista do futebol.

Desta vez, ao poder atractivo dos médios e avançados do Barcelona, que gravitam perto da área na esperança que jogadores incautos saiam das suas posições para desguarnecer a defesa, o Inter não caiu na tentação de correr atrás de Messi (uma nulidade), Rodriguez (o menos mau) ou Daniel Alves (sempre a cair para a falta). Nos primeiros 20 minutos da segunda parte, o talento de Sneijer, Maicon e Zanetti foi espremido até à ultima gota. Uma avalanche. Todos os jogadores do Barcelona defendendo na sua própria área e a pontapear a bola para fora (Puyol e Piqué). Acontece que o Inter marcou. Porque se não tivesse marcado, lá estávamos nós a ter que gramar com as futilidades dos zarolhos. O que faz Mourinho ser um treinador fascinante, é que, como um chef de cuisine, mesmo sem muita matéria-prima faz uns pratos deliciosos, cozinha portuguesa ao mais alto nível.

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