quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Patrocínios e apoios - Parte II



No nosso país não existem patrocínios nem apoios para atletas, de forma regulamentada. Não existem estudos nesse sentido e existem somente opiniões baseadas no interesse pessoal de cada um. Como sempre. Em resumo, não existe nada. Para haver apoios não são necessárias verbas elevadas a nível financeiro, mas ideias, porque as poucas que se conhecem, partem sempre do pressuposto de que "não há dinheiro". Mas não é assim.


Principiando pelas ideias (representação mental do espírito sobre qualquer coisa), elas podem ser passadas a escrito de forma gratuita, como neste blogue por exemplo. Nas Universidades, nas disciplinas sobre Desporto, podem e devem ser exigidos aos alunos, nos seus trabalhos colectivos, nos textos e nas teses, a apresentação de ideias e soluções para este problema. Estes trabalhos devem ficar arquivados nas Universidades para consultas posteriores. Ou seja, milhares alunos de Desporto, milhares de trabalhos distintos com ideias novas, dispensando-se os tradicionais mapas de custos (o deve e o haver), que para isso existem os economistas. Dois problemas para resolver, o primeiro, o de quem vai cuidar do arquivo destes trabalhos e o segundo a possibilidade dos fazedores de ideias exigirem recompensa.


A forma de conciliar o treino e a competição com os estudos, é outro ponto importante a resolver. Há décadas que este problema existe. Alguns deixaram de estudar para poder treinar e competir, mas só é possível esta situação se a família for abastada. Trata-se pois de uma excepção. Depois, existem aqueles que conciliam as duas situações, ou seja tem estatuto de alta competição e podem ter vantagens horárias na conciliação entre competição e estudo. Nem todos conseguem resolver, por questões de carácter e personalidade este problema. Finalmente, existem o grosso da coluna, constituída por aqueles que estudam e jogam ou treinam como podem, ou o seu contrário. Em todos os casos, o jovem sabe no seu coração que opção tomar, mas tem medo. Medo de falhar. E então fica instalado no limbo do "ver se dá ou não dá."


Problema de fácil resolução. Mas como apela à união de todos fica difícil. Apela à criatividade e espírito de associação. Refiro-me à ideia de criar uma associação de pais e atletas dos mais variados desportos, que exijam a fácil remodelação da carga horária para os estudantes-atletas, com a criação de turmas especiais.


Existem as mais variadas profissões, entre os pais dos estudantes-atletas, advogados, médicos, juízes, enfermeiros, professores, etc que podem perfeitamente criar uma comissão que apresentará o seu documento de intenções ao Secretário de Estado do Desporto, com o apoio das respectivas Federações.


Mas será possível, neste país de rivalidades, criar uma associação deste tipo que defenda o interesse comum? Ou será melhor a solução do cada um por si?


Na III parte cuidaremos dos patrocínios e apoios financeiros.

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