A minha aposta firme é no João Domingues, nascido em 10 de Maio de 1993, atleta do Clube de Ténis de Espinho, treinado pelo professor João Peralta, grande talento do ténis juvenil português, que tem como principais características a atitude, o empenho, o carácter para olhar em frente, a componente física em expansão, o estudo do risco calculado, a imagem, o compromisso e a lealdade.
Apoiado numa excelente capacidade física, muito bem trabalhada e consolidada no gosto e prazer do João para correr, facto que não é muito comum nos tenistas, permite que seja rápido quando se desloca no court, aplicando uma direita devastadora ou uma esquerda a duas mãos de grande precisão que normalmente decide o ponto depois do serviço. Decide muitas vezes cedo de mais, ou seja, decide a tempo. De uma forma geral entra sempre nos jogos de forma decidida, o que lhe permite surpreender os adversários e comandar o tempo e os pontos. Consistente, completo em todos os domínios do jogo, rapidamente ataca os adversários nos seus pontos mais fracos, porque lê bem os movimentos do oponente e usa extensa variedade de golpes para os identificar.
Podemos considerar João Domingues um jogador tardio, no sentido em que os seus resultados se vão projectar mais tarde do que o usual, porque se encontra em fase de transição e desenvolvimento muscular. Quando a capacidade de entrar bem e rápido no jogo, como se diz na gíria, se projectar ao longo de todo o encontro, e isso só depende da intensidade dos jogos e treinos, João será um jogador temível devido à pressão que coloca nos seus adversários.
No ténis há coisas que fazemos sozinhos, mas não estamos sozinhos. Foi com grande prazer que escrevinhei estas linhas sobre um dos meus tenistas preferidos, porque ele define a escola portuguesa do ténis e acredito muito que os seus sucessos e resultados corresponderão a todas as expectativas.
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