quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A insustentável leveza do sumo


Eles esfregam os pés no tapete para afugentar os maus espíritos ou lançam grandes quantidades de sal no dojo em sinal de purificação, como verdadeiros deuses vivos, e prolongam os rituais shinto que subsistem há mais de 1 500 anos. No passado mês de julho, a Associação japonesa de sumo (AJS) excluiu para sempre um dos mais célebres lutadores hipónicos, Kotomitsuki (na foto à direita), e mais outros 27 atletas, por estarem ligados à máfia japonesa e participarem em jogos clandestinos. Este facto provocou um terramoto neste desporto secular, com perda de direitos televisivos e dos apoios de muitos patrocinadores.

Passada a turbulência, o mais ancestral dos desportos japoneses vai ressurgir, para tentar ultrapassar o estigma que significa que desde 2006 nenhum japonês consegue vencer um dos seis maiores torneios. O torneio (bascho) de Novembro contará com 22 japoneses entre 42 lutadores, sendo a Mongólia a nação mais representada, seguida da Bulgária, Coreia do Sul, Estónia, Brasil, China, Geórgia e Rússia. Com o tempo, o sumo mudou muito, depois do mongol Hakuho um dos maiores yokozunas da história, Asashoryu faz renascer a esperança a todos os milhões de adeptos do País do Sol-Nascente. 

Sem comentários:

Enviar um comentário