terça-feira, 9 de novembro de 2010

Entre a espada e a carteira

A derrota do Benfica no Porto e o resultado humilhante abriram algumas brechas no castelo de areia da estrutura encarnada. O técnico passou a ser uma figura pouco consensual, cujo futuro é incerto e depende dos próximos resultados. Jorge Jesus tem que provar nas próximas três semanas que mantêm algumas capacidades para impedir o despedimento. Acredita-se que só a clausula de rescisão do contrato no valor de 8 milhões de euros, impede para já, que o treinador seja despedido.

Mas as contratações de Roberto, Fábio Faria, Sálvio, Gaitán, Jara e Rodrigo (emprestado ao Bolton) não deram os resultados esperados, que a somar à personalidade conflituosa na gestão das relações internas com os jogadores e demais elementos da estrutura, estão a gerar pequenas erupções que antecedem à renovada actividade de um vulcão. A insatisfação dos futebolistas, apesar dos desmentidos pouco convincentes dos mesmos, os erros tácticos acumulados por um homem acossado que coloca o inadaptado Davi Luiz a defesa-esquerdo, Aimar atrás de Kardec, Saviola no banco, Luisão de cabeça perdida, Coentrão desaparecido, Carlos Martins interpelando tudo e todos, geram desconfianças que o director desportivo Rui Costa não pode ou não sabe resolver.

Nestas condições, querer ombrear com uma estrutura com a dimensão do FC Porto só pode ser uma miragem, uma jogada de marketing para os cegos fiéis, mas que mais tarde ou mais cedo será desmascarada. Principalmente quando chegarem as contas para pagar. A impressão para o observador exterior  é que existe uma luta desigual entre verdadeiros profissionais e verdadeiros amadores. Como um rolo compressor.

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