sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Doping - Amanhã, todos mutantes?

A dopagem genética ainda está longe. Mas a medicina avança. Proveniente da terapia genética, a dopagem genética ameaça fazer a sua aparição no desporto. Os especialistas apontam, para no futuro, o atleta, poder programar o seu corpo em função dos seus objectivos. Mas a técnica é muito perigosa. Os atletas do futuro serão mutantes. Geneticamente modificados, os seus organismos produzirão eles mesmos as substâncias dopantes para melhorar os seus resultados. O Tempo fará melhorar o avanço desta tecnologia.

Existem dois modos de dopagem genética. Primeiramente intervir na fecundação e na génese do embrião para fabricar um futuro superatleta. Um "sorriso maratona", capaz de esforços duas vezes mais prolongados que o normal, apesar destes efeitos já serem conhecidos desde 2004. Criar um superbebé, não está na ordem de prioridade. Por enormes razões de ordem ética, filosófica, religiosa e por uma visão partilhada na maior parte do mundo, diz Bengt Kaiser, director do Instituto de ciências do movimento e da medicina do desporto (ISMMS) da Universidade de Genebra.

A segunda via consiste em modificar geneticamente o indivíduo e incorporar-lhe um segmento de ADN para obrigar o seu corpo a produzir certas proteínas. Esta técnica está a ser desenvolvida há muitos anos pela terapia genética na esperança de curar e tratar de doenças como miopatias. As sequências genéticas do virus, ligadas à sua multiplicação em cadeia, podem multiplicar os genes que codificam a proteína desejada. E depois, esta última ser fabricada pelas diferentes células do corpo. É teoricamente possivel, com este método, conduzir o corpo humano a fabricar fibras musculares suplementares e produzir grandes quantidades de EPO.

Um cenário para mim horroroso, no que diz respeito ao doping, que felizmente devido à minha idade não irei assistir. Para as doenças generativas e para as compulsivas, será um grande avanço. Ainda bem.

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