quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Futebol político


Ou muito me engano ou vamos ter assunto para muitos meses. O caldo está entornado. As relações entre a política e o futebol sempre foram nebulosas, o que equivale a dizer que dirigentes eleitos democraticamente sempre procuraram tirar benefícios e apropriar-se do prestígio que o desporto oferece. A força que é conferida pelo espectáculo desportivo pela lógica da deslocação das massas proporciona aos dirigentes políticos e desportivos, um campo muito fértil para a conquista do poder.

O caso Queiroz resvalou para uma situação de enfrentamento entre os que detêm o poder e os que pretendem o poder. As causas que motivaram chegar a este estado de coisas parecem agora de somenos importância.Os acontecimentos das últimas horas parecem confirmar o que afirmo. Como sempre o tempo dirá quem tem razão. Mas enquanto o tempo não diz, já se perfilam nitidamente do lado da barricada dois grupos opostos, na política e talvez no desporto. Ambos procuram adeptos para as suas causas, através dos meios de comunicação social.

Um simples acontecimento, ainda mal contado, porque ambas as partes têm pesadas culpas e ninguém é inocente, despoletou uma guerra da qual ainda não sabemos quem será o vencedor. Aliás, a História conta-nos abundantemente, que as grandes guerras começaram apenas com pequenas escaramuças, e que factos sem importância, foram de tal modo ampliados que originaram consequências imprevisíveis. Estamos portanto, no iniciar de um conflito que irá marcar profundamente o futuro. E quando os de um lado começam a mudar para o outro, isso indicia que desta vez é mesmo a sério.

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