Sabe porquê a FPF viu suspenso o seu Estatuto de Utilidade Pública? Porque as Associações e a FPF por consequência, são opositoras ao novo Estatuto do Regime Jurídico das Federações Desportivas (RJFD). E porque são opositoras ao RJFD? Porque o RJFD consagra princípios que retiram poderes às Associações Distritais de Futebol. Que novas disposições são essas? São várias, mas a principal refere que só deve ser atribuído um voto por cada representante corporativo, nas assembleias gerais da FPT.
As Associações Distritais de Futebol dispõem de votos em função do número de clubes que representam. Assim, por exemplo a Associação do Porto dispõe de muitos mais votos que a Associação do Faial. Ora, a actual situação permite os jogos do poder e o domínio na FPF, quando a Associação do Porto e Lisboa, juntas, representam quase mais que as outras 20. Liberte pois a sua imaginação e veja o que meia dúzia de senhores fizeram para controlar o sistema e o futebol nacional durante décadas.
Mas isso acabou, ou antes, vai acabar. Nada vai ficar como dantes. As correlações de forças vão mudar. Cada representação corporativa tem direito a um voto. Não mais.
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